01/02/2018 às 19:28, atualizado em 01/02/2018 às 19:39

Imagens de drone ajudam a identificar focos de mosquito da dengue no Torre Palace

Operação integrada servirá para mapear possíveis criadouros do Aedes aegypti nas estruturas do antigo hotel isolado e elaborar relatório para decidir medidas necessárias

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

Considerada ponto estratégico de vigilância ambiental, a estrutura do Hotel Torre Palace, no Setor Hoteleiro Norte, recebeu, na tarde desta quinta-feira (1º) uma ação integrada de inspeção e combate a focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor de dengue, febre amarela, zika e chikungunya).

A operação foi conduzida pela Diretoria de Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde. Na área externa, um drone do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal foi usado para capturar imagens das escadarias e na parte de cima do edifício interditado.

“O objetivo é elaborar um relatório conjunto da situação do prédio e de encaminhamentos para tomar as medidas necessárias para resolver esse  problema de saúde pública”, explicou o diretor da Vigilância Ambiental, Denilson Magalhães.

Com as imagens, as equipes viram, por exemplo, que há água empoçada na parte superior. “Vamos identificar possíveis criadouros e avaliar em parceria com outros órgãos de governo o pode ser feito”, acrescentou Magalhães.

Segundo o diretor, o “esqueleto” passa por vistorias periódicas para mapear a situação e recebe ações como fumacê.

Também participaram da estratégia desta tarde a Polícia Militar, a Administração Regional do Plano Piloto e a Defesa Civil, que usará as imagens para verificar as condições estruturais da edificação.

Desocupado em junho de 2016, o prédio abandonado oferece riscos para a saúde da população por acumular focos do mosquito e de outros vetores de doenças, como ratos.

De acordo com a Procuradoria-Geral do Distrito Federal, a restituição dos custos da desocupação do Hotel Torre Palace será definida pela Justiça, após o trânsito em julgado da sentença definitiva no processo.

Saúde e Bombeiros vão vistoriar imóveis interditados em 2018

De acordo com os órgãos envolvidos, a ação integrada com o uso do drone é a primeira de uma série de operações conjuntas em imóveis abandonados e isolados.

“Depois do carnaval, vamos buscar focos de criadouros e identificar as infrações sanitárias. Se os proprietários não resolverem a irregularidade, serão autuados, notificados e poderão pagar multas de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.”

Para denunciar possíveis focos de criadouros do mosquito da dengue:
Brasília contra o Aedes
dirdival@saude.df.gov.br
(61) 3344-8527

Edição: Raquel Flores