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09/03/2018 às 19:42, atualizado em 12/03/2018 às 12:42
Aumento do IPCA se deve principalmente à elevação das mensalidades de escolas particulares. Mesmo assim, Brasília teve menor variação no grupo, comparado a outras regiões do País
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em Brasília teve alta de 0,19% em fevereiro, comparada ao mês anterior. O aumento se deve, principalmente, à elevação das mensalidades de escolas particulares no início do ano letivo.
Os dados do índice foram divulgados, nesta sexta-feira (9), pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A variação referente à educação em Brasília foi de 3,13 no mês.
O porcentual, no entanto, foi menor do que a média nacional, de 3,89%, e inferior às outras regiões do País. O valor referente a fevereiro de 2018 também ficou abaixo do verificado no mesmo período de 2017 (3,56) e 2016 (6,48).
Outros dois grupos importantes para composição do porcentual de inflação foram transportes e alimentação e bebida. No primeiro, o estudo destaca o aumento da gasolina (3,46%). A variação desse item não foi maior, no entanto, devido à queda de 10,06% no preço das passagens aéreas.
Grupos de transportes (com destaque para gasolina) e de alimentação e bebidas também contribuíram para a alta do IPCA no mêsesquerda
No grupo alimentação e bebidas, que teve variação de 0,2%, o destaque foi para refeição fora de casa, que teve acréscimo de 0,91% e teve peso no índice de 0,057 pontos percentuais.
No acumulado de 12 meses, a inflação registra alta de 3,10%. Saúde e cuidados pessoais, educação, transportes e despesas pessoais pressionaram o aumento.
A Codeplan também analisou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve variação de 0,04%, mas que, no acumulado do ano, registrou queda de 0,12%.
O principal grupo para o comportamento da taxa também foi o de educação, com variação de 1,56%. Nesse caso, alimentação e bebidas e artigos de residência tiveram deflação de -0,76% e -2,63%.
Durante a análise, também foi apresentado o Índice Ceasa, que acompanha 66 itens de hortifrutigranjeiros. Houve queda na média geral dos preços de 4,6% em fevereiro.
O setor de frutas recuou 6,01%, com destaque para o abacate, com queda de 57,25%, limão-tahiti (-32,96) e maracujá (-31,70). Teve alta a maçã Fuji (25,7%).
As verduras tiveram queda registrada em 12,32%. Os principais itens foram o brócolis (-29,14) e as alfaces americana e lisa/crespa (-24,91% e -22,51%). Isso se deve a uma produção estável, apesar das chuvas.
Os ovos e os grãos tiveram apreciação registrada em 2,32%. Comportamento que a Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa) analisa ter relação com a Semana Santa.
Edição: Vannildo Mendes