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20/03/2018 às 20:08, atualizado em 21/03/2018 às 17:39
Obra, que detalha a trajetória do projeto que beneficia cerca de 300 produtores rurais, foi lançada nesta terça (20), com a presença do governador Rollemberg, no 8º Fórum Mundial da Água
Foi lançado, na noite desta terça-feira (20), o livro A Experiência do Projeto Produtor de Água da Bacia do Ribeirão Pipiripau, que conta a história do trabalho de recuperação do importante manancial hídrico de Planaltina.
A experiência é destaque na Expo do 8º Fórum Mundial da Água, que ocorre até 23 de março no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, onde a obra foi lançada.
“Esse projeto serve como piloto para que possamos levar esse ensinamento a outras bacias do DF”, defendeu o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, durante lançamento.
O governador ressaltou a importância do meio rural e definiu a iniciativa como um dos caminhos para enfrentamento da crise hídrica. Ele adiantou que o governo, por meio de parcerias, levará o projeto para a Bacia do Descoberto, responsável pelo abastecimento de 60% do DF.
Ele recebeu um exemplar do livro das mãos dos editores Alba Ramos e Jorge Werneck. A edição é da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa).
[Olho texto='”Esse projeto serve como piloto para que possamos levar esse ensinamento a outras bacias do DF”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliaesquerda
Alba Ramos definiu o material como forma de incentivar a propagação de tecnologias que permitiram a valorização do produtor rural como produtor de água.
“É um orgulho compartilhar a responsabilidade de uma experiência bem-sucedida como essa, em um local em que há conflito histórico pelo uso da água”, acrescentou Jorge Werneck.
Publicado em inglês e português, o livro gratuito ilustra o desenvolvimento do projeto com depoimentos de produtores e por visões de órgãos integrantes, como a Agência Nacional de Águas (ANA) e a Universidade de Brasília (UnB).
Além da distribuição do material sobre o projeto, o fórum também serviu como espaço de arrecadação de doações para plantio de mudas nas margens do córrego.
No período de doações on-line, já encerradas, o projeto arrecadou R$ 9 mil de 226 inscritos. No estande, até esta terça (20), 50 pessoas se inscreveram e totalizaram R$ 1 mil em colaborações.
Os organizadores do fórum se comprometeram a recuperar, a cada 5 euros doados, 5 metros quadrados de matas de galeria e vegetação típica do Cerrado.
Na ação intitulada Cerrado do Fórum, a restauração será por meio de plantio de mudas e semeadura do solo nas margens e nas nascentes do ribeirão.
[Numeralha titulo_grande=”1,3 mil hectares” texto=”Tamanho da área beneficiada pelas ações do projeto Produtor de Água no Pipiripaudireita
Grãos cedidos pela Associação de Coletores de Sementes da Chapada dos Veadeiros (Cerrado de Pé) plantados em tubetes durante o fórum serão levados para o Rede Planta. Nesse projeto, alunos de escolas particulares de Brasília cuidam de espécies vegetais em viveiros.
Lá, as espécies serão preparadas até que virem mudas e estejam prontas para o plantio na época do início das chuvas, em setembro e outubro de 2018. Depois disso, serão levadas para propriedades rurais do projeto.
Interessados em doar mudas tiveram duas opções: a primeira, on-line, já foi encerrada e funcionou no momento da inscrição. A segunda, no próprio evento, ainda recolhe doações com valores de R$ 20, R$ 40, R$ 60, R$ 80 ou R$ 100.
Dois espaços designados com o nome Brasília foram montados: um na área de exposição do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e outro na Expo, dentro do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
Neles, há estandes da Adasa para atender interessados, que podem fazer a doação e plantar as sementes nos tubetes.
Financiado pelo governo federal, o programa é de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA), com versão adaptada às características regionais. No caso do Pipiripau, atuam 16 parceiros sob coordenação da Adasa.
Desde o começo da iniciativa, em 2012, foram firmados 172 contratos. Ao todo, as ações na bacia beneficiaram aproximadamente 300 produtores.
Os investimentos somaram em torno de R$ 6 milhões, que custearam a plantação de mais de 360 mil mudas, além de atividades de conservação de solo em mais de 1,3 mil hectares.
Voluntários, os produtores ficam responsáveis pela manutenção de benfeitorias como:
Ao firmar o contrato, eles têm até cinco anos de pagamentos por essas manutenções. São três os tipos:
Os valores serão corrigidos de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos. A oitava edição acontece no Mané Garrincha, com a Vila Cidadã, e no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde se concentram as palestras e os painéis.
Em Brasília, ele é organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Adasa-DF — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da ANA.
O fórum ocorre a cada três anos e já passou por Daegu, Coreia do Sul (2015); Marselha, França (2012); Istambul, Turquia (2009); Cidade do México, México (2006); Kyoto, Japão (2003); Haia, Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).
8º Fórum Mundial da Água
Até 23 de março (sexta-feira)
No Centro de Convenções Ulysses Guimarães e no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha
Inscrições abertas no site oficial
Edição: Vannildo Mendes