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22/03/2018 às 18:01, atualizado em 22/03/2018 às 21:02
Governador Rodrigo Rollemberg apresentou balanço do encontro internacional na tarde desta quinta (22), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Expectativa é que total de participantes ultrapasse os 100 mil até o encerramento
Iniciadas no sábado (17), as atividades do 8º Fórum Mundial da Água registraram a presença de 85 mil pessoas até o início da tarde desta quinta-feira (22). Foi um recorde de participação em todas as edições do evento, desde 1996. A média foi de cerca de 17 mil participantes por dia.
A última edição, na Coreia do Sul, reuniu cerca de 40 mil pessoas. Os dados foram apresentados na tarde desta quinta-feira (22), data em que é celebrado o Dia Mundial da Água. Até amanhã (23), a expectativa é que o total chegue a 105 mil.
Discussões como segurança hídrica, gestão urbana da água, mudanças climáticas e acesso democrático aos recursos movimentaram a pauta nos seis dias de encontro. A relevância dos temas atraiu, além do público recorde, 12 chefes de Estado, 134 parlamentares e 70 ministros de 56 países.
O governador Rodrigo Rollemberg agradeceu a todos pela confiança em Brasília para sediar o evento. “O resultado é absoluto. Tivemos uma edição democrática e ampliação na participação popular”, comemorou. Para ele, a mobilização do público dialoga diretamente com o tema desta 8ª edição: Compartilhando Água.
[Olho texto='”Acredito que a população entendeu que a garantia de termos água em quantidade e qualidade é uma responsabilidade de todos”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliaesquerda
Para Rollemberg, foi fundamental a troca de experiências no debate sobre a gestão de políticas públicas como instrumento de redução do impacto da crise hídrica pela qual passa o DF. “Brasília teve muito orgulho de ter se tornado, nos últimos dias, a capital mundial da água”, disse.
Com base nas conclusões do fórum, acredita ele, será possível avançar na busca de soluções para proteger um bem precioso para humanidade e diretamente ligado à justiça social. “Estamos extremamente orgulhosos de termos sediado o maior fórum da história sobre um tema tão importante.”
Entre as experiências bem-sucedidas apresentadas no fórum, o governador destacou o projeto Produtor de Água no Pipiripau, tema de livro lançado no evento. “A agricultura tem papel muito importante no uso racional da água. A preservação do meio rural é uma forma de manter a qualidade de vida no meio urbano”, constatou.
O maior legado do fórum, de acordo com Rollemberg, é a maior conscientização para o uso dos recursos hídricos. “Acredito que a população entendeu que a garantia de termos água em quantidade e qualidade é uma responsabilidade de todos.”
Em matéria de público e de inovações introduzidas no formato, essa foi a maior de todas as edições do evento, considerado histórico pela organização. “Isso mostra que o tema se torna cada vez mais importante para a sociedade, para a classe política e no âmbito econômico”, destacou o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga.
[Numeralha titulo_grande=”8 mil” texto=”Total de empregos diretos e indiretos gerados em Brasília no 8º Fórum Mundial da Águadireita
“Foi uma experiência marcante, inclusiva, em que mais de mil instituições estiveram envolvidas”, reforçou Paulo Salles, diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) e copresidente do Comitê Organizador Nacional do fórum.
Salles definiu a Vila Cidadã como uma forma de aproximar a América Latina e o Caribe do encontro internacional. “Deixamos o legado e o compromisso de contribuir para uma cultura de paz com o fomento ao compartilhamento da água.” Também participou da coletiva o diretor-executivo do 8º Fórum Mundial da Água, Ricardo Andrade.
Do total inscrito até hoje, 75,5 mil participaram da feira e da Vila Cidadã. Os debates e atividades oficiais envolveram 10 mil inscritos (pagantes), 6.980 dos quais brasileiros. O fórum gerou 2,5 mil empregos diretos e 5,5 mil indiretos em Brasília no período.
O Dia Mundial da Água foi estabelecido na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento — a Rio 92 — e começou a ser oficialmente celebrado em 1994, com um tema por ano. O de 2018 é A Resposta está na Natureza.
Depois da entrevista coletiva, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o governador prestigiou a sessão especial Água e Espiritualidade: um Encontro com o Sagrado.
Mediado pela colaboradora do governo de Brasília Marcia Rollemberg, o painel reuniu representantes de diversas matrizes religiosas para abordar o tema do compartilhamento de água.
O objetivo da iniciativa é tratar os recursos hídricos como elemento símbolo de união e de respeito à diversidade.
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Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos.
Em Brasília, é organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa-DF) — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA).
O fórum ocorre a cada três anos e já passou por Daegu, Coreia do Sul (2015); Marselha, França (2012); Istambul, Turquia (2009); Cidade do México, México (2006); Kyoto, Japão (2003); Haia, Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).
Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg na coletiva de imprensa para balanço do fórum.
Edição: Vannildo Mendes