26/03/2018 às 10:09, atualizado em 26/03/2018 às 11:52

Região Sudoeste abre ambulatórios para vítimas de violência sexual

Serviços funcionam nos Hospitais Regionais de Taguatinga e Samambaia

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde

Os Hospitais Regionais de Taguatinga e de Samambaia contam, desde 15 de março, com ambulatórios de ginecologia e pediatria para casos de violência sexual.

A proposta é que os pacientes tenham acompanhamento integrado aos núcleos de Programa de Pesquisa, Assistência e Vigilância à Violência (PAV) das respectivas unidades. O de Taguatinga é chamado de PAV Azaleia, e o de Samambaia, PAV Orquídea.

“As vítimas de violência precisam de atendimento imediato e posterior ao abuso sexual para que recebam a profilaxia, façam exames e outros procedimentos de saúde”, diz a psicóloga responsável pela implementação dos ambulatórios, Aline de Melo Soares.

“O ideal é que o paciente não tenha que recontar a história porque acaba vivenciando novamente os sentimentos e as emoções do momento da agressão”Renata Tavares, psicóloga do PAV Azaleia, em Taguatingadireita

Antes, as mulheres vítimas de violência eram encaminhadas para dar continuidade às consultas em unidades básicas de saúde. “Muitas vezes, elas não querem falar novamente da situação com outro médico, e os pais também não gostam de expor a situação da criança. Por isso, é importante ter o atendimento em um único local, que vai oferecer acompanhamento permanente.”

No caso da consulta pediátrica, ela é destinada a crianças vítimas de abuso sexual e/ou de violência física, psicológica, negligência e abandono, entre outras formas de agressão.

Unidades que oferecem serviço específico de ginecologia

Além de Taguatinga e Samambaia, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e o Adolescentro, na 605 Sul, oferecem o serviço de ginecologia específico para casos de violência sexual no DF.

“Conforme recomendação do Ministério da Saúde, o ideal é que as vítimas de violência sexual façam consultas ginecológicas por até seis meses, com a segunda consulta após 15 dias, e as demais, após 30, 90 e 180 dias”, explica Aline.

Para a psicóloga do PAV Azaleia, Renata Tavares, o serviço oferecido no hospital de Taguatinga será importante para evitar a “revitimização” da pessoa que sofreu a violência, já que será atendida pelos mesmos profissionais. “O ideal é que o paciente não tenha que recontar sua história porque ele acaba vivenciando novamente os sentimentos e as emoções do momento da agressão.”

Dias e horários de atendimento

No Hospital Regional de Samambaia, o atendimento pediátrico exclusivo para vítimas de violência será às terças-feiras, e o ginecológico, às quintas.

Em Taguatinga, a ginecologia atenderá às segundas-feiras, enquanto a pediatria funcionará às sextas.

O horário de funcionamento das duas unidades é das 7 às 19 horas. Os pacientes são encaminhados ou atendidos por demanda espontânea.