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12/04/2018 às 15:44, atualizado em 08/05/2018 às 16:51
País árabe, com a quarta moeda mais valorizada do mundo e regido por um sultanato, foi o 31º a participar do Embaixadas de Portas Abertas
A cultura do povo de Omã foi mostrada para os estudantes da Escola Classe 52 de Taguatinga nesta quinta-feira (12). Alunos do quinto ano conheceram um pouco do país árabe por meio do programa Embaixadas de Portas Abertas.
As crianças foram recepcionadas pelo embaixador Amad Hamood Salim Al Abri. “Desejamos que a visita dê conhecimento e experiência sobre o Sultanato de Omã”, disse.
A colaboradora do governo de Brasília e idealizadora do programa, Márcia Rollemberg, participou do encontro. Para ela, a principal vantagem do projeto é conhecer os costumes e as tradições de outros países.
“Queremos mostrar que o mundo é muito grande e que grande parte dele está em Brasília. O Embaixada de Portas Abertas também apresenta a nossa cultura para eles.”
Foi feita uma apresentação das tradições omanis, com a história do país e as características geográficas e culturais. Os alunos ainda fizeram um teste de conhecimentos. Divididos em três grupos, eles estouravam um balão que continha um papel com a pergunta.
O corpo diplomático ofereceu kits com livros contando a história do país, e o embaixador escreveu em árabe o nome de cada alunoesquerda
Maria Eduarda Lima Barbosa, de 10 anos, respondeu corretamente quais são os países que fazem fronteira com o Omã: Arábia Saudita, Emirados Árabes e Iêmen. Ela ganhou chocolate para dividir com os colegas. “Nem sabia que existia [o país], gostei muito.”
A tradição omani é de boa receptividade. Ainda na antiguidade, as famílias tinham o hábito de receber os beduínos (árabes nômades que vivem nos desertos) com café local e tâmaras. O costume foi apresentado aos convidados, que puderam provar as duas iguarias.
Os estudantes também experimentaram comidas típicas, como homus, tabule, quibe, esfirra e arroz de cordeiro. Para a sobremesa, doces com damasco e mel foram servidos.
O corpo diplomático ofereceu kits com livros contando a história do país, e o embaixador escreveu em árabe o nome de cada aluno.
Em nome da turma, Maria Elisa Moraes, de 10 anos, agradeceu pela hospitalidade. “Gostei muito das músicas, das danças e das roupas. Aprendi muito sobre Omã e vou levar isso para vida toda.”
O Embaixadas de Portas Abertas começou, como piloto, em 2015 e foi instituído oficialmente em 9 de agosto de 2017.
A economia de Omã é baseada na venda de petróleo. Também há investimentos em agricultura e turismodireita
A iniciativa é uma parceria da Assessoria Internacional com a Secretaria de Educação e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) — que leva os alunos às embaixadas.
As representações diplomáticas interessadas em participar podem enviar e-mail para assessoria.internacional@buriti.df.gov.br.
As atividades fazem parte do programa Criança Candanga, conjunto de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência em Brasília.
É em Omã que aparece o primeiro raio de sol a tocar a Arábia (península que envolve os países Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes, Iêmen, Kuwait e Omã).
Com área de litoral banhada pelo Golfo Pérsico, o país tem poucas chuvas e muito calor. A temperatura média é de 37 graus, com máxima de 50 graus.
A economia é baseada na venda de petróleo. Em 2017, foram 100 milhões de barris exportados. Também há investimentos em agricultura e turismo.
Por ser um país que não se encontra em conflitos, Omã tem recebido imigrantes de nações vizinhas. De acordo com os dados da embaixada, 46% da população é formada por estrangeiros, vindo de lugares como Bangladesh, Filipinas, Jordânia e Paquistão.
A população é majoritariamente islâmica (85%). Além disso, Omã tem a quarta moeda mais valorizada do mundo, o rial. A cotação de 1 rial é equivalente a R$ 10.
O maior lustre do mundo está na mesquita do sultão Qaboos. São 14 metros de altura revestidos de cristais Swarovski, com cerca de 600 mil peças.
Um dos incensos mais caros do planeta é fabricado em Omã. A essência é de uma árvore, olíbano. Um quilo do produto pode custar R$ 1 mil.
Edição: Marina Mercante