Com o objetivo de testar se os motéis do DF oferecem segurança aos frequentadores, a Defesa Civil começou, nesta segunda-feira (14), a operação Afrodite — o nome faz referência à deusa do amor da mitologia grega.
Com a proximidade das comemorações do Dia dos Namorados, em 12 de junho, a expectativa é que o movimento aumente nos estabelecimentos. Por isso, 31 locais estão na lista dos agentes, entre motéis e casas de suingue do Distrito Federal.
No primeiro dia, foram visitados dois motéis, um em Ceilândia e outro no Núcleo Bandeirante.
A vistoria checa a documentação e o estado de conservação dos equipamentos. Entre os itens monitorados estão:
- Documentação
- Estrutura elétrica de todo o empreendimento
- Dispositivos de segurança, como extintores de incêndio e luzes de emergência
- Condição das cozinhas
- Acessibilidade
- Pisos
- Lavanderia (método e produtos químicos utilizados)
- Centrais de garagens
- Impermeabilização das banheiras
Encontrado algum problema, o responsável pelo motel é notificado e tem até 30 dias para correções. Caso identificado algo que represente ameaça imediata aos clientes ou aos funcionários, o local fica interditado (parcialmente ou totalmente) até que os reparos sejam providenciados.
[Olho texto='”Não são raros os acidentes. Há risco de queda e choque elétrico”‘ assinatura=”Sinfrônio Lopes, coordenador de Operações da Defesa Civil direita
Na blitz de hoje, ambos estavam com todos os itens em ordem.
De acordo com o coordenador de Operações da Defesa Civil, tenente-coronel Sinfrônio Lopes, do Corpo de Bombeiros Militar do DF, os usuários não precisam se preocupar com as instalações dos motéis legalizados.
Ele destaca que, nos quatro anos de operação, nenhum dos estabelecimentos foi completamente interditado, e todos cumpriram as recomendações.
No ano passado, de 32 estabelecimentos fiscalizados pela Defesa Civil na operação Afrodite, 11 motéis e uma casa de suingue receberam notificações para corrigir problemas.
“O segmento de motéis tem muita preocupação com a segurança. Eles não querem chamar atenção. Discrição é a palavra de ordem. Tanto é que fazem investimento muito grande em reformas”, reforçou.
O coordenador atribui ainda à operação a importância de conscientizar a população sobre os cuidados que devem ser tomados, mesmo em local que atenda todas as normas.
Secadores de cabelo, banheiras, piscinas e — algumas vezes — o consumo de álcool podem se tornar uma combinação perigosa. “Não são raros os acidentes. Há risco de queda e choque elétrico”, exemplificou.
Serão vistoriados ainda, após os estabelecimentos tradicionais, os hotéis de fachada, usados como motéis.
As visitas dos agentes da Defesa Civil são previamente programadas e negociadas com os proprietários.
Quem quiser fazer denúncia pode ligar na Ouvidoria, telefone 162 ou para o número (61) 3362-1935, da Defesa Civil.
links úteis
