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31/05/2018 às 18:39, atualizado em 04/06/2018 às 10:15
Gás de cozinha demorou mais para chegar devido à necessidade de caminhões saírem de Brasília para buscar o inflamável
Nesta quinta-feira (31), os postos de combustível de Brasília receberam 3,9 milhões de litros de gasolina depois que as manifestações de caminhoneiros se finalizaram no DF, segundo a Polícia Militar.
A escolta da corporação para o caminhões que levam os combustíveis aos postos ainda é oferecida, mas cerca de 30% dos caminhoneiros passaram a recusá-la. Ao todo, 280 veículos de transporte levaram os inflamáveis para a população.
Além da gasolina, foram distribuídos 193 mil litros de etanol e 754 mil de diesel. A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou que os 2 milhões de litros de álcool anidro trazidos para Brasília da quarta (30) até esta quinta-feira (31) produzem 10 milhões de litros de gasolina.
De uma só empresa distribuidora de gás foram entregues, nesta quinta-feira, para revenda, 14 mil botijões de gás de cozinha P13 e 60 toneladas para abastecer hospitais, asilos, presídios, abrigos, centros comerciais e shoppings.
Segundo o Exército Brasileiro, responsável pela escolta do produto, o atraso ocorre porque o comboio teve que sair de Brasília para buscar o material inflamável em Minas Gerais e depois voltar.
A previsão é que os transportes cheguem à cidade nesta sexta-feira (1º) com 350 toneladas para o granel e para botijões tamanho P13.
Nesta quinta, a Polícia Militar fez pequenas intervenções em postos de gasolina que registraram tumultos. Segundo informações da corporação, a chegada da viatura é suficiente para terminar os conflitos.
A atuação do Corpo de Bombeiros Militar do DF ainda não foi necessária. A preocupação maior, nesse caso, é com estabelecimentos que tenham armazenado combustível.
A Defesa Civil orientou moradores de um edifício na Asa Sul que haviam acumulado gasolina e, assim, correram o risco de provocar um incêndio na garagem subterrânea. A intervenção foi feita após uma denúncia.
A Polícia Civil não teve demandas em relação à falta de combustível no dia e está com todas as viaturas abastecidas e prontas para atender a população.
A recomendação do Gabinete Integrado de Acompanhamento do governo de Brasília é que as pessoas evitem abastecer a menos que o combustível do seu automóvel esteja acabando. Os relatos de policiais militares indicam que as filas em postos de combustível estão diminuindo.
Para que os consumidores não saiam lesados durante o processo de regularização do abastecimento, o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) vai multar os postos que comercializarem o litro de gasolina comum por mais de R$ 5.
A determinação veio da direção-geral do Procon e já resultou na autuação de três postos nesta quinta-feira (31). Desde o início da greve, foram nove multas. E o instituto prepara a mesma ação para sexta-feira (1º).
Fiscais trabalharão durante o feriado e o fim de semana. Denúncias podem ser feitas pelo e-mail 151@procon.df.gov.br. Todas as queixas foram fiscalizadas até o momento. Um posto na semana passada recebeu multa de R$ 294 mil.
Até as 18 horas, houve 108 pousos e 98 decolagens no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek.
Cada voo receberá 5 mil litros de querosene do 1,438 milhão estocado até as 18 horas no aeroporto.
O Conselho Nacional de Política Fazendária aceitou solicitação da Fazenda do DF para que houvesse uma revisão dos parâmetros da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) de combustíveis desconsiderando a última quinzena.
Com isso, a base de cálculo será a mesma de abril, de R$ 4,29, até o fim de junho. Diante do aumento de preço nas bombas causado pelo risco de desabastecimento, a medida ajuda a manter o imposto mais justo para a população, já que não vai considerar a variação dos últimos dias.
Edição: Paula Oliveira