14/06/2018 às 20:24

PPP do Autódromo de Brasília passa por audiência pública

Principais questões foram sobre a proposta de redução da pista de 5.475 metros para 4.695 metros. Percurso da capital federal tem a maior extensão entre os 13 principais do País

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

Em encontro de cerca de três horas, pilotos, servidores e integrantes do consórcio responsável pelos estudos debateram, na tarde desta quinta-feira (14), o projeto de parceria público-privada (PPP) do Autódromo Internacional de Brasília.

A audiência pública, convocada para apresentar o levantamento feito até aqui e para receber sugestões de interessados, foi marcada por questionamentos sobre a redução da pista do autódromo, proposta pelo consórcio Dubois & Co. O encontro ocorreu na Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).

“A redução da pista é uma necessidade, pois torna as corridas mais interessantes, dinâmicas, para o espectador. O Autódromo de Brasília é, entre os principais do País, o que tem a pista com maior comprimento”, enfatizou o presidente da Terracap, Júlio César Reis.

A pista tem 5.475 metros. A proposta do grupo é reduzi-la para 4.695 metros e abrir o espaço para exploração imobiliária. Um total de R$ 172 milhões será investido — R$ 98 milhões no empreendimento imobiliário e R$ 74 milhões no autódromo.

Depois da do DF, a maior pista é a de Curvelo (MG), que tem 4,4 mil metros. Ao somar a extensão de todas elas (46.755 metros) e dividir pelo número de autódromos (13), chega-se a uma média nacional de 3.596 metros.

Outro ponto ressaltado na audiência é a localização do autódromo, a 2 quilômetros do centro da cidade e a 15 minutos de carro do Aeroporto Internacional de Brasília. “Isso diminui o custo do transporte dos equipamentos necessários para a corrida”, ressaltou Reis.

proposta é uma PPP de 35 anos, com taxa de retorno para o investidor de aproximadamente 12%. A Terracap ficaria com 10% do lucro imobiliário do concessionário, fruto do aluguel do espaço para eventos. O DF entraria com contrapartida de até R$ 11 milhões.

Edição: Vannildo Mendes