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05/03/2019 às 11:26, atualizado em 12/07/2019 às 16:32
Nem a chuva tirou a animação dos brasilienses, que brincaram o carnaval nesta segunda-feira
A chuva bem que tentou, mas os bloquinhos de rua levaram milhares de pessoas às ruas nesta segunda-feira (4). Animação, criatividade e respeito marcaram os eventos que contaram com apoio do Governo do Distrito Federal.
O dia começou animado no Setor Comercial Sul, que recebeu o Aparelhinho, reunindo pessoas alegres que dançaram ao som do DJ Tiago Souza, o Pezão. A festa arrastou a multidão pelas praças dos Artistas, Centro e do Metrô. A mágica da trupe do Projeto Criolina vem da mistura de trios elétricos baianos, frevo pernambucano, marchinhas tradicionais, mas, no fundo, “tudo que toca na rua”, explica Pezão. O repertório incluiu, ainda, música eletrônica, ritmos latinos, caribenhos, africanos, além de sonoridades do Leste Europeu.
O secretário Adão Cândido, que acompanhou a folia, definiu o evento como o símbolo do que o Carnaval de Brasília se tornou: “O Aparelhinho representa essa coisa instigante da pluralidade. Cabe ao poder público organizar o espaço, deixar a festa acontecer”.
Germana Acioli, de volta a Brasília depois de morar sete anos no Rio de Janeiro, destacou a qualidade do repertório. “Música maravilhosa, festa também”, resumiu. Estava acompanhada da amiga Zíngara Carvalho, estudante de psicologia, e da filhinha Beatriz, de nove meses. “É o primeiro carnaval dela, claro”. O percurso do bloco, acompanhado de perto por cerca de duas mil pessoas, contou com o apoio da Polícia Militar.
Animação
O Encosta que Cresce animou o Setor Carnavalesco do Estádio Nacional. O megabloco fez milhares de pessoas esquecerem a chuva que insistia em cair para dançarem ao som de axé, funk e música brasileira. Bailarinas, coelhinhas, capetinhas, super-heróis, homens vestidos de mulher e vários personagens típicos de Carnaval marcaram presença no estacionamento do estádio para aproveitar a folia do bloco
Acompanhada do marido, Ney Sales, e da filha Laura Gabriely, de oito anos, Dayane Alves veio de Taguatinga pela primeira vez curtir o carnaval no Plano Piloto. “As músicas são boas e tem muitos policiais aqui”, destacou. Ney já veio outras vezes. Gostou e resolver voltar. “Mesmo com a chuva, dá para nos divertirmos”, disse.
Estrutura
Luiz Carlos e Angélica Bezerra saíram acompanhados da filha, Giulia, de 15 anos, da amiga Vitória Mendes e do pequeno Miguel, de 2. Embaixo de uma das tendas montadas na área, Luiz Carlos elogiou o amplo espaço da festa e destacou a segurança. “A revista para entrar impede que pessoas mal-intencionadas venham à festa”, disse.
Outro grande bloco que movimentou a segunda-feira foi o grupo tropicalista das Divinas Tetas, na trilha desde 2016. Mais de 20 mil pessoas ao cair da chuva e da tarde acompanharam a banda, que se apresentou ao ar livre. O Setor Bancário Norte mostrou o acerto de um espaço com infraestrutura de dezenas de banheiros, posto médico equipado com UTI, brigadistas e variedade de oferta de ambulantes. O local também conta com área de acessibilidade, que garante que portadores de necessidades especiais tenham visto privilegiada das apresentações.
A produtora Sheilla Brito, moradora da Asa Norte, era uma das folionas mais animadas e aproveitou para elogiar a organização da festa: “Vocês estão de parabéns. Tá muito legal a festa, Brasília é linda. Os movimentos culturais da cidade, por trás dessa riqueza de bloquinhos, estão fazendo coisas muito fodas. Ainda bem que têm apoio”.
Segurança
Os personagens tradicionais do carnaval também marcaram presença na folia. O Cruzeiro Velho recebeu o reinado de Momo durante a apresentação do Desodorante da Asa, que saiu pelo quarto ano. Além da corte carnavalesca, o governador Paco Britto, e os secretários de Cultura, Adão Cândido, e da Mulher, Ericka Filipelli acompanharam a festa, marcada pelo clima familiar.
Foram montadas duas barreiras para revistar os foliões. A Operação Carnaval 2019 também está nas ruas. Desde sábado (2), o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) cuida do monitoramento de toda a cidade. Fazem parte do Ciob, entre outras representações, Defesa Civil, Secretaria de Cultura, Metrô, CEB e forças de segurança. Por meio de telões, a movimentação é observada pelas 456 câmeras instaladas em toda a cidade.
O clima de paz e a presença de crianças em meio à festa levou o vice-governador a reforçar um clamor: “Temos que pedir um Carnaval sem violência, curtir a festa. Vamos brincar o Carnaval, porque violência não está com nada”.
* Com informações da Secretaria de Cultura do DF