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21/03/2019 às 15:52, atualizado em 21/03/2019 às 17:57
Peça de teatro fala do acúmulo de água parada, dos possíveis criadouros e, também, dos sintomas da doença e do ciclo de vida do mosquito
O nome do mosquito Aedes aegypti ainda não é soletrado com facilidade pelos pequenos do Jardim de Infância 304 Norte. Mas as crianças entenderam a mensagem de combate à dengue, chikungunya e zika transmitida pela Cia. de Teatro Educação em Saúde, da Diretoria de Vigilância Ambiental/Secretaria de Saúde do DF.
A peça de teatro – apresentada às crianças nesta quinta-feira (21) – fala dos problemas causados pelo acúmulo de água parada, além de possíveis criadouros, como pneus carecas, plantas, caixas d’água e outros recipientes. Por fim, aborda os sintomas da doença e do ciclo de vida do mosquito.
Com dizeres e músicas como “Não sou borboleta e nem avião, gosto de sangue e água de montão. Vocês sabem quem eu sou? Sim, senhor! Sou o Aedes, mosquito da dengue, sim senhor. Zica, chikungunya e febre amarela são as doenças que vou transmitir para vocês”, os agentes de vigilância ambiental despertaram a atenção da criançada. As brincadeiras deram lugar aos olhos atentos dos pequenos – com idades de quatro e cinco anos – que participaram e responderam as perguntas educativas.
Parceria
A vice-diretora da unidade de ensino, Fernanda Machado, contou que a parceria com o grupo de teatro educativo existe desde 2010. “É um trabalho fundamental. Essa forma lúdica facilita o aprendizado. As crianças ficam sempre cantando as músicas que aprendem nas ações”, destacou.
A coordenadora pedagógica da instituição de ensino, Gislene Siqueira Rodrigues, explica que a ação faz parte do projeto de educação sobre meio ambiente da escola. E diz que o tema ainda será trabalhado pelos professores em sala de aula. O serviço educativo continua com o envolvimento das famílias. “Enviamos mensagens e informativos para os pais falando sobre as ações de combate ao mosquito”, destacou Gislene.
O agente de vigilância ambiental Roberto Bonfim é quem anima as crianças e canta com elas, além de fazer uma pequena palestra antes do teatro ter início. Ele diz que o retorno é 100% positivo. “Os pais sempre contam que quando chegam em casa as crianças chamam a atenção deles, dizendo que não podem deixar água parada”, contou.
O serviço atinge mais de 10 mil crianças por mês. A ação educativa, que acontece há mais de 25 anos, pode ser solicitada pelo número 2017 1145 (ramal 8338) ou pelo e-mail educacaodival@gmail.com. Todas as ações de combate à dengue fazem parte do programa SOS DF Saúde.
Autuações intensificadas
A Vigilância Sanitária do Distrito Federal irá intensificar as autuações dos imóveis reincidentes nas condições de proliferação do mosquito Aedes aegypti. A intensão é penalizar quem não eliminar os criadouros do mosquito. “O que pretendemos é ir atrás dos proprietários que estão colocando em risco a saúde da população”, frisa o diretor de Vigilância Sanitária, Manoel Silva Neto.
O Distrito Federal tem mais de 900 mil imóveis. “Cada um desses locais foi visitado pelo menos umas 20 vezes. Pelos relatórios da Vigilância Ambiental sabemos se há reincidência”, pontua Manoel. “Não adianta o estado fazer a sua parte se o morador ou dono do imóvel ou terreno não fizer a parte dele”, destaca o o diretor de Vigilância Sanitária. No DF, 100 pessoas já foram autuadas. Mais de 60% foram multadas e o restante, advertidas. Os valores das multas variam a partir de R$ 2 mil.
Confira o relatório com as ações diárias do SOS DF.