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05/08/2019 às 17:41, atualizado em 05/08/2019 às 17:42
Na teoria e na prática: elas conheceram o preparo do solo, o funcionamento da máquina e o relógio que marca o tempo de uso do trator
O que um curso de tratorista pode significar para uma mulher camponesa? Empoderamento, autoestima e conhecimento para lidar com a própria terra, por exemplo. Essas conquistas foram apontadas pelas próprias agricultoras que participaram de curso realizado pela Emater-DF, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), na área rural do Paranoá.
Em sua segunda edição, o curso ensinou, por exemplo teoria: importância do preparo do solo, funcionamento da máquina, uso do horímetro (que marca o tempo de uso do trator). E prática, claro: logo em seguida, elas passaram a dirigir e operar o trator na terra.
Francislane da Silva, 44 anos, agricultora do Núcleo Rural Café sem Troco, o curso foi muito importante. “Quis aprender dirigir trator porque eu quero trabalhar nas minhas terras. Isso faz eu me sentir empoderada”, afirma.
A extensionista da Emater-DF Yokowama Odaguiri, que atende os agricultores do Núcleo Rural do PAD/DF, região do Paranoá, explicou que o objetivo do curso é levar conhecimento, capacitação e agregar valor ao trabalho familiar no campo.
“Quando as mulheres vêm fazer um curso desses, elas têm total apoio dos maridos. Quando chegam em casa já começam a colocar em prática e ajudam muito no dia a dia da agricultura familiar”, ressaltou.
Conhecimento
Para Yoko, como é conhecida a extensionista, pode ser que elas nem subam mais em um trator, mas a experiência vai servir para quando precisar contratar alguém para propriedade, saber quantas horas pagar. “Ela não vai mais olhar no relógio, ela vai olhar no horímetro do trator e não no relógio de pulso”, afirmou.
Isso, inclusive, foi o que mais chamou atenção de Raulina Rosa dos Santos Silva, de 64 anos, moradora da Quebrada dos Neris, região do Paranoá. “Eles ‘comem’ 20 minutos da gente. Agora, como eu já sei, a hora vai ser marcada pela hora do relógio do trator”, ressaltou.
O curso de tratorista para mulheres foi ministrado entre os dias 29 de julho a 2 de setembro. Durante o período, as mulheres tiveram aulas práticas e teóricas, diariamente, entre o período das 9h às 16h. O treinamento da Emater, em parceria com o Senar, foi destinado às mulheres da área rural.
Grupo de mulheres
O escritório da Emater-DF no PAD-DF realiza um trabalho de organização com as mulheres da região. O grupo conta com 73 mulheres que sugerem cursos e ações e se organizam para participar. Entre os cursos ofertados pela Emater-DF a esse grupo, estão previstos o curso de mecânica para mulheres, curso de casqueamento de cavalos e o de extensão da Universidade de Brasília de Agrobiodiversidade, que contará com a participação de 13 agricultores da região.