23/08/2019 às 14:47

Flores, arte e ornamentos compõem a história do Palácio do Buriti

Aos 50 anos, prédio que leva nome da árvore típica do Cerrado tem ao redor milhares de mudas de plantas, cuidadosamente renovadas a cada estação

Por Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília

É provável que, ao passar pelo Eixo Monumental, você mal tenha reparado em uma escultura metálica de formas verticais nos jardins do Palácio do Buriti; ou, do outro lado da rua, na palmeira que, plantada no meio da praça, dá o nome ao complexo que compõe a sede do Governo do Distrito Federal. Ao completar 50 anos, neste fim de semana, o prédio traz em sua bagagem muito além da história política registrada pelos seus ocupantes ao longo das últimas décadas.

As referências culturais que permeiam o palácio de despachos do governador do DF começam já do lado de fora. Logo à direita da rampa de acesso ao Salão Branco está a Loba Romana, réplica da Loba Capitolina, estátua-símbolo da lenda de criação de Roma. Nessa escultura, a loba amamenta os gêmeos Rômulo (que fundaria Roma) e Remo, filhos do deus da guerra, Marte. Abandonados pelo pai, os dois meninos acabaram encontrados e alimentados pelo animal. A réplica dessa obra foi doada pelo governo da Itália como um presente de inauguração de Brasília, em 21 de abril, mesma data em que é comemorado o aniversário da capital romana.

Os jardins, que se destacam no visual ao redor do palácio, são renovados a cada estação

A escultura

Ah, e aquela escultura de metal com formatos verticalizados tem nome e história. Chamada de Forma espacial do Plano, é de autoria do artista plástico Ênio Liamini e foi doada ao Governo do Distrito pelo então presidente da Argentina, Jorge Rafael Videla, ao governador do DF nomeado na época (1979-1982), Aimé Alcibíades Silveira Lamaison.