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04/09/2019 às 15:46, atualizado em 04/09/2019 às 15:47
Fundação completa 32 de atividades. Hoje, 1.350 reeducandos trabalham a partir dos 75 contratos firmados com órgãos públicos e empresas privadas
A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), realizou nesta quarta (4) um workshop para mostrar os empresários e dirigentes de órgãos públicos as vantagens na contratação de mão de obra carcerária.
O evento fez parte da programação comemorativa dos 32 anos da Fundação e teve início com um café da manhã festivo, com doces e salgados preparados por reeducandas assistidas pela Funap.
As atividades alusivas ao aniversário da Funap continuam na próxima sexta-feira (6/9) com exposição e venda de produtos produzidos pelos presos na Estação 112 Sul do Metrô.
Sistema humanizado
O secretário da Sejus, Gustavo Rocha, considera o trabalho como uma nova oportunidade de vida para os detentos, onde eles aprendem um ofício e têm mais estímulo para continuidade dos estudos. “Assim, humanizamos o sistema prisional e temos chance maior de reintegração desse indivíduo à sociedade”, ressaltou.
Para a diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins, as vantagens nessa contratação vão além da economia gerada. “É importante que o empresariado perceba a importância dessa mão de obra, principalmente pela contribuição no processo de ressocialização”, destacou.
Segundo ela, atualmente 1.350 reeducandos trabalham a partir dos 75 contratos firmados com órgãos públicos e empresas privadas (Terracap, Goldenvap, Alug Log, secretarias de Estado etc). Além de 80 reeducandos que fazem parte do projeto Mãos dadas pela cidadania, em trabalhos voluntários.
Ressocialização
Rafael do Nascimento Silva, egresso do sistema prisional e funcionário de uma empresa de fast food, falou na ocasião sobre o quanto foi decisivo ter tido uma oportunidade de trabalho. “Graças ao apoio da Funap, com os cursos e uma recolocação profissional posso dizer que me sinto reconhecido e valorizado”, destacou. Hoje, livre das grades, Rafael continua trabalhando na mesma empresa.
Patrícia Leal, a franqueada que contratou Rafael, elogiou a atuação dele em sua empresa e disse que ele vai ilustrar um case de sucesso que será apresentado na próxima reunião da Associação Brasileira de Franquias (ABF). “Nosso compromisso é quebrar o preconceito com o preso e quando temos um exemplo como o do Rafael vemos o quanto vale a pena investir nessa mão de obra”, afirmou.
* Com informações da Secretaria de Justiça