03/10/2019 às 17:24, atualizado em 10/10/2019 às 17:06

Coleta seletiva será ampliada para todo o DF

Aumento na cobertura do SLU, com novos equipamentos e expansão do serviço, alia-se à conscientização de quem direciona resíduos para reciclagem

Por Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília

Parte da rotina de Ana Maria é voltada para a consciência ambiental | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

A passagem dos caminhões para recolhimento do lixo em todas as regiões administrativas do DF se dará em dias alternados – e não mais diariamente, como acontece em muitas delas hoje em dia. Isso deverá gerar economia e manter a organização na prestação do serviço.

Um calendário está sendo elaborado pelo SLU e, futuramente, será informado à população. Haverá dias e caminhões diferentes para recolher o lixo orgânico que vai para o aterro e o seco, destinado à reciclagem.

Pontos de entrega

O cuidado de Ana Maria na destinação correta do lixo produzido e descartado por sua família será facilitado. Além da coleta porta a porta feita pelo caminhão em dias determinados por um calendário de acordo com cada região administrativa (veja na tabela abaixo as que já foram atendidas), o SLU vai instalar 244 pontos públicos de entrega voluntária – como esses do supermercado onde a arquiteta deixa o descarte para reciclagem. Atualmente a cidade só conta com particulares das cooperativas de catadores.

O Distrito Federal ganhará também 21.086 lixeiras novas e 382 contêineres semi-enterrados para garantir a coleta convencional em áreas de difícil acesso.

Lixo zero

A consciência em dar a destinação adequada ao lixo foi despertada em Ana Maria há pouco mais de um ano, quando participava em Brasília do Congresso Internacional Cidades Lixo Zero. Especialista em reabilitação urbana sustentável, ela se surpreendeu ao se deparar com a estagnação do Brasil no tratamento do assunto: o país recicla apenas 3% do lixo que descarta.

Foi aí que Ana resolveu fazer a sua parte: dar destino ao que pode ser reaproveitado e compostar os resíduos orgânicos que a maioria da população manda pros aterros.

“Quanto mais evitarmos mandar lixo para aterro, melhor” | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Vale lembrar que todo o material reciclado, além de não ser despejado no meio ambiente, gera renda aos catadores que sobrevivem do reaproveitamento dele.

Mudança

Para o presidente do SLU no DF, Felix Palazzo, é preciso melhorar o ranking de Brasília no descarte do lixo. Ele afirma que a cidade está acima da média nacional, mas que precisa e deve melhorar a relação com o lixo que produz, sendo dando destino correto a ele, seja não sujando os lugares por onde passa.

“Queremos ganhar o coração e a mente da população para que ela nos ajude a manter a cidade mais limpa. Até porque, lugar limpo é o que menos se suja.”

Veja detalhes sobre serviços contratados e equipamentos utilizados: