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04/11/2019 às 10:00, atualizado em 03/11/2019 às 16:41
Pioneiro da pesquisa etnográfica na Amazônia, Theodor Koch-Grunberg contribuiu no estudo de povos indígenas da América do Sul. Material deve ser exposto em janeiro de 2020
Uma parte do Brasil profundo acaba de desembarcar no Planalto Central. Isso porque o Memorial dos Povos Indígenas vai incorporar ao seu acervo fotografias de um dos grandes pioneiros da pesquisa etnográfica na Amazônia, o filólogo, etnólogo e antropólogo Theodor Koch-Grunberg (1872-1924), que contribuiu no estudo de povos indígenas da América do Sul entre o final do século 19 e início do 20.
São 80 registros doados pela Embaixada da Alemanha que fizeram parte de uma exposição que divulgou expedição científica de que participou Koch-Grunberg na região do Alto Rio Negro entre 1903 e 1905. Desta viagem, o pesquisador levou para Alemanha mais de mil registros fotográficos e quase 1.300 objetos etnográficos.
“São fotos belíssimas referentes aos modos de vida dos Terenas”, disse o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Cristian Brayner, que viu parte da coleção. Explica que as fotos contêm descrição pormenorizada do que está sendo representado. A Supac tem previsão de expor as fotos no MPI em janeiro de 2020. “Isso nos ajuda a cumprir o objetivo da atual gestão de entregar o MPI revitalizado não apenas na sua estrutura física, mas, também, no seu acervo, para somar nas comemorações do aniversário da capital no ano que vem”, complementa.
Acervo
No acervo do MPI, há peças representativas de várias tribos, incluindo exemplares da coleção Darcy-Berta-Galvão, com destaque para a arte plumária dos Urubu-Kaapor; bancos de madeira dos Yawalapiti, Kuikuro e Juruna, máscaras e instrumentos musicais do Alto Xingu e Amazonas.
Atualmente está em cartaz no local uma exposição sobre arte, vida e trabalho da mulher Kayapó, além da mostra Bosque das Línguas Indígenas no Brasil.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa