Bem-vindo(a) ao nosso site! Encontre informações essenciais e serviços para melhorar sua experiência cidadã. Explore e aproveite ao máximo!
Abaixo listamos as Secretarias, Órgãos e Entidades vinculados ao Governo do Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
08/11/2019 às 08:30, atualizado em 08/11/2019 às 16:25
Subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social explica como funcionam os 14 restaurantes comunitários do DF
O cardápio é mensal? As opções se repetem quantas vezes no mês?
Temos os carros chefes se repetem com maior frequência: carne picadinha, frango assado, farofa… os usuários adoram farofa. Intercalamos fruta e doce como opção de sobremesa. Toda sexta-feira tem feijoada. Nesse dia temos uma segunda opção, porque existem pessoas que não comem a carne da feijoada. Nos dias que o cardápio tem peixe ou carne de porco, a gente tem uma segunda opção, que normalmente é ovo. A gente tenta fazer um cardápio o mais saudável possível, que se encaixe na dieta da maioria das pessoas.
Como é a composição do prato?
Arroz, feijão, uma proteína e uma guarnição, como farofa ou purê de batata. Também tem a salada, o suco e a sobremesa, que pode ser fruta ou um doce de abóbora, uma gelatina…
Tem uma quantidade estabelecida de proteínas e carboidratos dentro do prato, por exemplo?
Existe uma gramatura especificada para cada alimento. Normalmente, são 200 gramas de arroz e 150 gramas de feijão, mas nem todos querem aquela quantidade. Dependendo muito do que o usuário quer, um pouquinho mais de arroz ou um pouquinho mais de feijão é servido sem problema. A proteína sim, deve ser servida de acordo com o que está especificado no edital. Costuma ser 150 gramas, 200 gramas, dependendo se tem osso ou não.
É uma preocupação definir quantas calorias tem um prato? Porque, às vezes, a refeição no restaurante comunitário é a única da pessoa no dia…
No restaurante comunitário a gente tem uma preocupação qualitativa; o objetivo é levar qualidade nutricional com todos os grupos alimentares. Assim, o valor calórico nesse sentido não é qualitativo. Muitas vezes, a refeição do restaurante comunitário é sim a única do dia, mas o usuário tem direito a comprar marmita. Ele tem direito a duas refeições ou duas marmitas ou a uma refeição e uma marmita. O que a maioria dos usuários faz é comer a refeição na hora e levar marmita para o jantar.
Ocorre muito desperdício de comida?
Sim, às vezes a pessoa coloca muita comida no prato e não consegue comer. A gente tem projetos para fazer parcerias no ano que vem, justamente para aproveitar essas sobras para compostagem e adubos de hortas.
A população sabe escolher bem os alimentos que consome?
Não. Dentro dos restaurantes comunitários, fazemos um trabalho de educação nutricional. O usuário recebe um panfleto com dicas e receitas; a cada mês é um tema diferente. O último foi sobre alimentação saudável para as famílias, e a gente dava dicas de alimentação na infância, por exemplo. O material é elaborado pela equipe da subsecretaria e aprovado por mim e pelas outras nutricionistas. É um trabalho que dá muito resultado. Por trabalhar com alimentação, a gente acha que todo mundo sabe se alimentar corretamente, mas a gente vê que as pessoas têm muitas dúvidas. Querem saber a que tipo de alimento devem dar preferência ou o que tirar da alimentação em caso de diabetes. Queremos montar um programa de educação nutricional infantil. Fizemos um projeto-piloto com degustação de frutas e legumes para as crianças, e eu ensinei a montar um prato colorido para elas saberem a importância de variar os alimentos e ver como montar um prato saudável. Em 2020, vamos tentar fazer uma parceria com a Secretaria de Educação para os estudantes da rede pública participarem desse projeto.
Quais são as regras para o trabalho na cozinha para garantir a higiene e evitar contaminação da comida?
Os funcionários têm obrigação de ter um treinamento sobre o processo de higiene; eles utilizam uniforme, botas, toucas para proteger os cabelos, e não podem utilizar adornos, como anel e brinco, que podem causar contaminação na comida. Tem uma área separada para lavagem de panelas. É responsabilidade da empresa treinar os funcionários, e nossa, fiscalizar. As empresas também são obrigadas a ter um responsável técnico dentro das cozinhas. Em todo restaurante comunitário tem que ter um nutricionista acompanhando o serviço.
O cardápio fica fixado do lado de fora do restaurante para a população consultá-lo antes de almoçar?
O cardápio está disponível no site do GDF e nas administrações regionais, mas não é comum as pessoas recusarem o cardápio. Elas comem o que tem e gostam muito. A comida é tão boa e tão bem-elaborada que a aprovação é muito grande.
Como é feita essa avaliação?
Nós temos um formulário no qual o gerente aborda os usuários e recebe elogios e críticas. Cerca de 50 formulários são aplicados por dia e, no final da semana, as empresas repassam para o GDF essa avaliação, que é o que nos dá base para fazer qualquer tipo de modificação. Eles avaliam a qualidade do arroz, do feijão, dos acompanhamentos, da salada, do suco, da sobremesa e da aparência geral.