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12/12/2019 às 11:03, atualizado em 12/12/2019 às 12:15
Evento no Cine Brasília traz 80 filmes, divididos em seis mostras, que transitam por assuntos polêmicos
O 8º Curta Brasília – Festival internacional de curta-metragem começa nesta quinta (12) no Cine Brasília, com uma homenagem à produção da América Latina e Caribe. Até domingo, o festival exibirá mais de 80 obras, distribuídas em nove mostras, seis delas nacionais.
Além do Brasil, estão presentes Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, Equador, França, Holanda, Jamaica, México, Peru e Suíça. A entrada é franca.
Segundo a diretora do evento, Ana Arruda, o objetivo é promover uma reflexão sobre nosso senso de pertencimento ao continente. “Estamos na capital federal e podemos tomar a frente para melhorar nosso diálogo com os países vizinhos”, explica.
“O curta é o formato mais difundido entre o público jovem se levarmos em conta todos os tipos de tela, desde o cinema ao celular”, explica Ana. Ela sustenta também que o protagonismo de Brasília na cena audiovisual tem a ver com o gosto da cidade pelos filmes dessa categoria: “É esse exercício de síntese que aprimora a linguagem do cinema”.
Inclusão e representatividade
A diretora destaca ainda a representatividade da mostra, que inclui a produção desde videoclipes a curtas que exploram o terror ao mesmo tempo em que debatem assuntos diversos, sem deixar de lado os medos contemporâneos.
Inclusão é outra marca do Festival. A mostra Surdocine traz filmes com protagonismo da comunidade das pessoas com deficiências auditivas. “Temos três produções de Brasília que participam desse segmento. Programamos esses curtas há cinco anos e começamos a constatar agora um aumento significativo na produção deles”, diz a diretora.
Na área externa, duas tendas de cem metros quadrados cada uma abrigam criações em realidade virtual, numa parceria com dois países – França e Holanda – que se destacam nessa área. Os espectadores assistem às produções com óculos especiais. “Queremos que a Brasília Film Comission alavanque a divulgação da capital como polo de produção também nessa área”, afirma Arruda.
Tanto o Festival como grande parte das produções nacionais contam com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), explica a diretora. O Festival investe na área da economia criativa e produz o Fórum XR, encontro internacional para potencializar debates sobre mercado, tecnologias e narrativas.
Na área externa, foi montada também uma feira de comidas e estande de design. A expectativa é de que 10 mil pessoas passem pelo local até domingo. Confira a programação aqui.
* Com informações da Secretaria de Cultura