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06/03/2020 às 17:24, atualizado em 06/03/2020 às 17:42
Em audiência pública no Palácio do Buriti, representantes da Educação e outros setores da sociedade discutiram a proposta do GDF
Pelas contas preliminares da Secretaria de Educação, o gasto anual é de R$ 400 milhões. Entram no cálculo mão de obra, compra de alimentos, armazenamento, logística, manutenção e aquisição de equipamentos, entre outros.
Na análise dos detalhes de gastos com merenda, R$ 89,6 milhões (R$ 89.678.867,77, mais especificamente) são investidos diretamente em alimentos, transporte e armazenamento. Outros R$ 131,7 milhões (mais precisamente R$ 131.736.862,92) são destinados ao pagamento de mão de obra terceirizada, justamente contratada para o preparo das refeições. O cálculo total também inclui gás de cozinha e utensílios.
Também presente à audiência pública, o secretário-chefe da Casa Civil, Valdetário Monteiro, falou sobre dar agilidade ao processo. No contrato foi inserido, por exemplo, o que estabelece a Lei n° 4.794, de 1° de março de 2012, sobre o aproveitamento pela empresa vencedora de empregados vinculados à empresa antecessora.
O serviço será dividido entre cinco e seis instituições. Dessa forma, o DF não vai correr o risco de ficar refém de um só fornecedor. Além disso, as vencedoras competirão entre si e fiscalizarão as demais.
Os novos editais devem ser lançados até o fim de março de 2020. Entre outros benefícios, será proporcionada capacitação permanente à mão de obra especializada (merendeira), formação que será responsabilidade da Secretaria de Educação.
De acordo com a Secretaria de Educação, 699 escolas públicas servem refeições para 399.056 estudantes diariamente. São entregues 489.353 pratos de comida todos os dias.
Ao final da audiência, os pedidos por esclarecimento e as contribuições dos participantes com relação à proposta apresentada foram feitos em sessão de manifestações orais e escritas. Entre os participantes estava a presidente do Sindicato dos Floricultores, Fruticultores e Horticultores do DF (Sindifort), Sandra Vitoriano, que parabenizou a iniciativa do governo.
“O time da agricultura familiar está ganhando. Antes o contrato era de apenas R$ 1 milhão. Mas, graças à equipe de agora, foi para R$ 20 milhões. Temos uma Emater [Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF] forte”, comemorou.
Paco Britto garantiu que a agricultura do DF será beneficiada com um volume maior de compra. A Lei n° 11.947, de 16 de junho de 2009, determina que no mínimo 30% do valor repassados a estados, municípios e Distrito Federal, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar rural ou de suas organizações.