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07/05/2020 às 09:57
O início foi difícil, mas a desistência cedeu à persistência e quase 100% dos estudantes estão no ensino mediado
O mundo será diferente após a Covid-19. Haverá um antes e um depois. Inclusive para a Educação. Nesta travessia, a rede pública de ensino vem vencendo desafios que sinalizam um futuro com estudantes conectados à escola e professores como influenciadores.
O Escola em Casa DF, o principal programa da Secretaria de Educação para vencer estes desafios, já está reunindo os conteúdos produzidos pelos professores em diversas plataformas – como o YouTube, TV e redes sociais, com a finalidade de abrir um leque de possibilidades que despertem os estudantes para este novo mundo.
“No começo houve resistências, mas fomos ensinando, repassando tutoriais e os professores perceberam o quanto isso poderia funcionar. A dificuldade é maior entre os mais antigos, mas pedimos calma e muitos já conseguem acessar, incluir materiais e interagir na plataforma. São mais de 90 professores na escola e quase todos participantes do programa”, esclarece Kiko.
A colaboração é bem-vinda. O mais importante é a manter uma oferta interessante do ponto de vista dos estudantes. O professor Carlos Oliveira, do colégio Objetivo, uniu forças com a rede pública, ajudando a escola a ofertar pelo Google Sala de Aula o curso de robótica a distância para os estudantes do Fundamental e Médio.
São aulas de programação e tecnologia, em atividades de texto e vídeo. Eles ainda fazem programações e jogos pela plataforma Scratch, totalmente gratuita e produzida pelo MIT (Instituto de Tecnologia dos Massachusetts – EUA).
Outros estudantes estão reunidos em dois grupos do WhatsApp por onde recebem informações da escola, dos professores e passam adiante para os demais colegas de turma. Além disso, participam de reuniões quinzenais por videoconferência com os docentes pelo Zoom e na plataforma Meet.
Mesmo quem não tem acesso terá atividade. O diretor imprime materiais e atividades para que os estudantes sem internet possam buscar na portaria da escola. Mas, antes, os professores vão fazer um levantamento para descobrir esses alunos por meio dos acessos ao Google sala de aula.
“Vamos ligar na casa de cada um e pedir que busque o material na escola em horários diferentes para evitar o contato e a contaminação por coronavírus. Também pensamos em abrir o laboratório da unidade para esses alunos, mas isso ainda está em projeto e vai depender da evolução do cenário em que estamos vivendo”, ressalta Kiko Gadelha.
* Com informações da Secretaria de Saúde