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05/06/2020 às 14:46
A publicação faz parte da Coleção “Eu Amo o Cerrado” e traz 24 espécies de sapos, pererecas e rãs
Como uma das iniciativas em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, por meio da sua Unidade de Educação Ambiental (Educ), e em parceria com o Museu do Cerrado da Universidade de Brasília (UnB), lança nesta sexta-feira (5) o cartaz Anfíbios do Cerrado. A publicação faz parte da Coleção “Eu Amo o Cerrado” e foi produzido a partir de fotos do biólogo e diretor técnico do museu, Bruno Alessandro Augusto Correa.
O cartaz mostra 24 espécies e está inserido no programa Eu Amo o Cerrado, que tem como tema inspirador três frases: Conhecer para Preservar; Cuida, quem Ama; e Ama, quem Conhece. “Queremos expor, divulgar, deixar bem disponível as informações sobre a nossa grande biodiversidade. Lembrando que esses sapos, pererecas e rãs fazem parte do nosso meio ambiente e contribuem para seu equilíbrio”, ressalta o coordenador da Educ, Marcus Paredes.
Paredes informa ainda que o Cerrado é o segundo maior bioma em diversidade, e é muito próximo à Mata Atlântica, que ocupa a primeira posição. Além de, neste quesito, estar à frente da Amazônia e do Pantanal. Ele ressalta, porém, que o cuidado com esse bioma deve ser grande porque ele é considerado um hot spot, denominação usada para biomas com muita diversidade, porém sob grande ameaça. “Sua fragilidade se dá devido à expansão das fronteiras agrícolas”, explica.
Bruno Corrêa conta que os anfíbios ou anuros, como também são chamados, são indicadores da qualidade do ambiente, justamente por estarem ligados ao meio aquático. “Eles dependem desse ambiente desde sua fase larval, como girinos, até a fase adulta para fazer a reprodução, se alimentar, fazer controle hídrico e controle térmico. Se o ambiente tem má qualidade ambiental, há uma redução da quantidade de anfíbios, justamente porque eles precisam de um ambiente estável e de qualidade para viverem”, explica.
O biólogo destaca ainda que os anfíbios realizam papel importante de controle dos invertebrados dentro dos ecossistemas. “Cada vez que se mata um sapo pode se estar contribuindo para o aumento da população de mosquitos Aedes Aegypti, por exemplo, ou escorpiões”, exemplifica.
No Cerrado existem mais de 200 espécies de anfíbios. “Seria um sonho, que penso realizar, registrar todas elas”, comenta Corrêa, destacando que no Cartaz há uma foto emblemática, que é da Buana Buritis, uma perereca de pijama. Atualmente essa espécie só existe em três locais: em Paracatú (MG), Buritis (MG) de onde recebeu o nome, e em Brasília, na Fazenda Águas Limpas.
O biólogo ressalta que os anfíbios do Cerrado não apresentam risco para a saúde humana, ao contrário dos seus primos da Amazônia. Mas não aconselha que as pessoas manipulem os animais, porque isso causa um estresse muito grande para eles. Enfatiza ainda que os anfíbios têm uma diversidade de cores e formas e modos de vida incríveis, e que a fotografia é uma maneira de mostrar a beleza e a importância desses animais.
Os anfíbios são o sexto tema da Coleção Eu Amo o Cerrado. Em 2014 foi lançado o primeiro cartaz: Aves do Cerrado. Na sequência, foi lançado Mamíferos do Cerrado e suas Pegadas, Frutos do Cerrado, Árvores do Cerrado e Peixes do Cerrado. Todos os cartazes podem ser acessados em PDF pode ser cessado no https://www.euamocerrado.com.br/#/.
* Com informações Brasília Ambiental