01/07/2020 às 16:09, atualizado em 02/07/2020 às 08:47

Mulheres são maioria no Cadastro Único do Distrito Federal

Mães de famílias carentes contam com atendimento da Secretaria de Desenvolvimento Social

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

Das 166.872 famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais no DF, 136.448 têm uma mulher como responsável. Dentro da política de assistência social coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), essas mães de família contam com atendimento nas unidades do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), dos Centros Pop e do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, bem como nas unidades de acolhimento e especializadas em abordagem social.

[Numeralha titulo_grande=”136.448″ texto=”Número de famílias inscritas no cadastro da Sedes que têm mulheres como chefes

A Sedes ainda é responsável pela gestão dos programas de transferência de renda e pela oferta dos benefícios socioassistenciais. Em maio, 74.311 mulheres receberam o DF Sem Miséria, o auxílio do GDF para superação da extrema pobreza.

Pelo Sistema Integrado de Desenvolvimento Social (Sids), as mulheres são as principais titulares dos benefícios, como o auxílio em situação de vulnerabilidade temporária, natalidade e excepcional. Há ainda o programa de segurança alimentar e nutricional, o Cartão Prato Cheio, para a compra de produtos alimentícios.

Direitos garantidos

“Os profissionais das nossas unidades socioassistenciais atuam para garantir os direitos dessas mulheres, dando a segurança prevista na política nacional: segurança de acolhida; de convívio e vivência familiar, comunitária e social; segurança de desenvolvimento de autonomia e segurança social de renda”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Nos atendimentos, busca-se respeitar a diversidade e promover a autonomia e participação social dessas mulheres.”

A rede de atendimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) atua com destaque nos casos em que mulheres vivenciam situações de violência e violação de direitos. É onde entra o trabalho específico do Creas. Os profissionais buscam compreender as demandas e a complexidade da violência de gênero na interseção de diversas formas de dominação/discriminação, como classe social, raça, orientação sexual e situação de rua, entre outras.

Observatório da Mulher

São esses dados do Cadastro Único que ajudam a orientar as ações desenvolvidas no âmbito das políticas públicas. Para reunir todas essas informações de atendimento voltado às mulheres do DF, a Secretaria da Mulher (SM) lançou, na segunda-feira (29), o Observatório da Mulher.

O portal é um canal que integra as informações sobre as ações das diversas instituições governamentais e não governamentais, o que contribuirá para a definição de prioridades, ampliará o conhecimento das demandas das mulheres, a integralidade e a intersetorialidade entre as diversas secretarias de governo.

“Quando a gente cria um observatório, o que está sendo criado é transparência, para que a sociedade acompanhe toda a movimentação que envolve a formulação de políticas públicas para mulheres”, explica a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. “Esse observatório traz diversas pastas para trabalho integrado e em cooperação. É um observatório em que todos nós somos donos.”

Acesso ampliado

O canal dará visibilidade às iniciativas do GDF voltadas para defesa e promoção dos direitos das mulheres, ampliando a divulgação das práticas bem-sucedidas. O observatório também poderá ser fonte para estudos e pesquisas. Mayara Noronha Rocha ressalta que a iniciativa otimizará os dados da rede de atendimento, o que contribuirá para ampliar o acesso das mulheres aos serviços socioassistenciais.

“A Sedes disponibilizará, regularmente, dados relacionados ao Cadastro Único, aos programas de transferência de renda, aos atendimentos oferecidos em suas unidades”, informa a secretária de Desenvolvimento Social. “A ideia é publicar informações sobre a rede dos serviços socioassistenciais do DF, de modo a ampliar o acesso das mulheres, bem como suas iniciativas, ações e campanhas.”

* Com informações da Sedes