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27/07/2020 às 08:00, atualizado em 27/07/2020 às 10:18
Novacap acelera reparos nas quadras 1/2 e 13/14 Norte e 11/12 Sul; viadutos da 5/6 e 11/12 Norte e da 15/16 Sul estão perto da conclusão
Ainda na Asa Sul, a tesourinha da 7/8 está 70% pronta e recebendo, neste momento, o reforço estrutural. A obra da 11/12 Sul está 20% executada, ainda na fase de retirada dos revestimentos.
“A Novacap, em parceria com a Secretaria de Obras, está devolvendo para a comunidade as tesourinhas conforme um dia elas foram entregues ainda pelo presidente Juscelino Kubitschek. Estamos em ritmo acelerado para entregar as tesourinhas da quadra 5/6 e 11/12 Norte”, aponta o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite.
A Novacap também tem desobstruído e construído mais bocas de lobo nos viadutos mais críticos, com o objetivo de melhorar a drenagem desses locais. No entanto, a companhia trabalha a execução de um projeto definitivo sobre drenagem para ser implementado em todas as tesourinhas.
Para a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, o serviço de revitalização desses viadutos é histórico. “Elas estavam sem manutenção e apresentava riscos. As obras trazem não só a eliminação desses riscos, mas também melhor fluidez. As tesourinhas são um símbolo da nossa cidade, da nossa arquitetura e planejamento urbano. É pela população ter orgulho delas que precisamos cuidar com todo carinho”, aponta.
O trabalho que abrange os 16 conjuntos de tesourinhas das asas Sul e Norte demanda investimentos de R$ 7,3 milhões (mais precisamente, R$ 7.337.888,00). Desse montante, R$ 3,3 milhões (ou R$ 3.382.888,00) são para as estruturas da Asa Sul, enquanto outros R$ 3,9 milhões (R$ 3.955.000,00, mais precisamente) serão empregados nas da Asa Norte. As obras começaram em novembro de 2019 e têm previsão de conclusão para dezembro deste ano, na Asa Norte, e para janeiro de 2021 na Asa Sul.
Reformar todos esses viadutos e trazer mais segurança e conforto à população é prioridade do GDF. As obras nas tesourinhas têm como objetivo reerguer Brasília e conservar a estrutura da cidade, além de cumprir uma determinação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). O órgão de fiscalização apontou, em relatório, a necessidade de reforma e readequação dos viadutos.
As intervenções compreendem a revitalização dos viadutos que passam sob o Eixo Rodoviário (Eixão) e os eixinhos W e L, ligando as quadras 100 e 200. Eles têm recebido pintura antipichação e padronização da fachada. As equipes também atuam na recuperação das estruturas de concreto, reconstrução dos guardas-rodas – muretas de proteção fixadas nos eixinhos – e na substituição e recuperação de ferragens enferrujadas.
As estruturas viárias não corriam risco iminente de desabamento, mas estavam comprometidas pelo longo período de uso e pelo fato de que nunca haviam recebido manutenção eficiente. Em algumas dessas vias, técnicos responsáveis pela recuperação encontraram patologias até dez vezes maiores que as estimadas no projeto de revitalização.
Ao planejar Brasília, o urbanista Lucio Costa quis evitar o cruzamento de vias para assegurar uma circulação fluida. Dessa forma, criou as tesourinhas, vias que passam por baixo do Eixo Rodoviário e dos eixinhos (L e W) e dão acesso às superquadras e aos comércios locais da Asa Sul e da Asa Norte.
Há um conjunto com duas tesourinhas e um túnel de ligação em cada uma das 16 entrequadras que cortam os quase 15 quilômetros do Eixão, ligando as asas Sul e Norte. Boa parte desses viadutos era revestida por tijolos vermelhos.
Como esse material acabava escondendo eventuais problemas na estrutura, o padrão foi alterado para concreto aparente. Essa mudança foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).