11/09/2020 às 17:11, atualizado em 11/09/2020 às 17:33

Dia do Cerrado é celebrado no Lago Oeste

Com apoio da Secretaria de Turismo, projeto Viva Lago Oeste promove intervenções artísticas e feira agroecológica para difundir a região

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

O Cerrado como moldura artística e cenário de iniciativas de sustentabilidade é o conceito por trás de dois eventos apoiados pela Secretaria de Turismo (Setur) que terão como palco o Lago Oeste, em Sobradinho, neste final de semana. É o projeto Viva Lago Oeste, coletivo de empresários da região, que levará ao Espaço Nave, às margens da DF-001, ações para  celebrar o mês do Cerrado, fortalecendo a comunidade local, a arte brasiliense e o turismo na região.

O sábado (12), começa com a 1ª Feira Agroecológica do Lago Oeste, lançada oficialmente nesta sexta (11), Dia Nacional do Cerrado. São cerca de 20 expositores, em sua maioria empreendedores e produtores da própria região. O destaque será para os orgânicos e para as práticas agroecológicas desenvolvidas pela comunidade do Lago Oeste, bem como para a promoção do turismo rural. A feira também apresenta cafés, vasos de plantas, cervejas artesanais, arte e moda com tintura natural, entre outros atrativos.

Arte da natureza

Paralelamente à feira, o Cerrado se torna uma galeria de arte a céu aberto, com a exposição Arte no Cerrado – Intervenção pela Natureza, do artista plástico Ralfe Braga, em cartaz até domingo (13). Com 40 obras, a mostra terá como suporte expositor as árvores do próprio ambiente natural.

A secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, destaca a iniciativa do Viva Lago Oeste como mais uma ação a fortalecer a estruturação do turismo rural que o GDF vem promovendo desde 2019.  “A feira e a exposição são expressões fundamentais do que a região apresenta não só para Brasília, mas para todos os brasileiros, que é a valorização das manifestações culturais locais, da gastronomia, do artesanato, da sustentabilidade”, destaca.

Potencial turístico

Integrante do Viva Lago Oeste, Denise Barbosa ressalta o potencial que a região oferece para o turismo do DF. “O grupo Viva Lago Oeste quer dar visibilidade para os produtores e também que as pessoas de Brasília reconheçam o Lago Oeste como rota turística, pois muitos não conhecem ainda as belezas naturais da região”, afirma. “Além disso, temos uma importante produção de orgânicos, gastronomia, artesanato e diversos outros atrativos”.

Participante do evento, a empresária Bernadete Ghisolfi, proprietária de uma marca de sorvetes artesanais com sabores e ingredientes típicos do Centro-Oeste brasileiro, aposta na iniciativa. “Os frutos do Cerrado são deliciosos e nutritivos, mas não são tão conhecidos pela população”, lembra. Entre os sabores levados para a feira, estão jatobá, araticum, castanha de baru e pequi, além de combinações com baunilha-do-cerrado e limão com manjericão.

A expositora Raquel Bogea, por sua vez, terá em seu ateliê peças de vestuário e acessórios artesanais com técnicas de tingimento natural, impressão botânica, reaproveitamento e design funcional. “Tudo é natural, sem a geração de lixo, com o retorno das plantas utilizadas para a natureza como adubo”, explica. “Nosso foco é, acima de tudo, o consumo consciente”.

* Com informações da Setur