26/09/2020 às 20:58, atualizado em 27/09/2020 às 15:37

Vamos visitar o Distrito Federal?

Brasília comemora o Dia Mundial do Turismo com expectativa de reaquecer o setor a partir de novas estratégias e tendências

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Neste domingo (27), comemora-se o Dia Mundial do Turismo, setor que impacta diferentes atividades econômicas e tem grande potencial para a geração de trabalho. A expectativa da Secretaria de Turismo do DF (Setur) é que a retomada do segmento seja percebida rapidamente. “Um em cada cinco empregos do mundo tem ligação com o turismo, que é uma atividade que exige mão de obra imediata e local. Muitas vezes é a porta de entrada para os jovens no mercado de trabalho e que abre possibilidades para a preservação de tradições de comunidades”, explica a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.

Em sua mensagem anual pela data, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Zurab Pololikashvili, destacou o papel importante da atividade turística. “Nosso setor dá a chance para populações locais, não apenas de ganhar um salário, mas de ter dignidade e igualdade. Empregos no setor de turismo empoderam pessoas e dão a elas a chance de ter um papel em suas sociedades, muitas vezes pela primeira vez”, afirmou.

Tendências

As tendências identificadas mundialmente para a retomada do turismo apontam para dois segmentos em que o DF tem forte potencial e estrutura. O primeiro é a preferência por destinos de proximidade, com as pessoas optando por locais alternativos, de curta distância e rápido acesso.

Neste ponto, Brasília está em vantagem, pela localização no centro do país e por ser a única cidade ligada a todas as capitais do Brasil, sendo peça-chave no planejamento das companhias aéreas e agências de turismo. 

O segundo segmento é o turismo rural, de aventura e ligado à natureza. “As pessoas querem, cada vez mais, um retorno às raízes, um contato maior com a natureza. O Distrito Federal tem 70% de área rural, está no meio de importantes unidades de preservação ambiental, como a Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional de Brasília, e tem uma excelente estrutura turística que normalmente não se encontra em destinos de ecoturismo”, analisa a secretária Vanessa.

Além da arquitetura e das belezas naturais, Brasília tem muito a oferecer | Foto: Renato Alves

Rotas

Desde o início do ano, o DF foi mapeado pela Setur em sete eixos: Rota Cívica, Rota Cultural, Rota Náutica, Rota Arquitetônica, Rota do Cerrado, Rota da Paz e Rota Fora dos Eixos. A partir daí, a secretaria organizou e racionalizou as atividades da iniciativa privada  intermediando ações do GDF. “Nosso trabalho sempre foi pensado no tripé estruturação, qualificação e promoção”, define Vanessa Mendonça. “Assim, cada rota foi analisada para entendermos as necessidades de cada segmento. Algumas delas precisavam apenas de promoção adequada, outras tinham um potencial enorme e necessitavam de uma estruturação completa”.

Os trabalhos de estruturação incluíram desde pavimentação asfáltica e sinalização adequada, como no caso da Rota do Cavalo, em Sobradinho, a assinaturas de protocolos com o Ministério do Turismo para a promoção do turismo cívico em escolas de todo o Brasil e de Brasília como destino  acessível.

Também foram intermediados encontros com chefs para discutir o potencial da gastronomia local e a relação com o Cerrado.  A Ermida Dom Bosco foi reformada, a Loja Artesanto de Brasília reinaugurada e, com apoio do governo federal, iniciou-se um planejamento para reestruturar piers do Lago Paranoá.

As rotas estão disponíveis no site da Setur, onde os visitantes podem acessá-las por meio do Google Earth. Nas próximas semanas, os roteiros estarão disponíveis nos centros de atendimento ao turista (CATs) da capital.

Chek -in

O Aeroporto Internacional de Brasília fechou o mês de agosto com um crescimento de 54,1% no número de passageiros em relação a julho, registrando tendência de crescimento para  setembro. Ao todo, 401.316 viajantes passaram pelo terminal e foram realizados 5.532 pousos e decolagens. Apesar do crescimento, esse índice ainda é 68,87% menos do que agosto de 2019, ano em que a pandemia de Covid-19 ainda não havia chegado ao Brasil.

* Com informações da Setur