07/10/2020 às 17:30, atualizado em 07/10/2020 às 17:48

Três filmes com recursos do FAC são premiados

‘Eduardo e Mônica’, ‘Filhas de Lavadeiras’ e ‘Pureza’ foram laureados em festivais nacionais e estrangeiros

Por Agência Brasília* | Edição: Freddy Charlson

Foto: Divulgação

Cena de ‘Filhas de Lavadeiras’, de Edileuza de Souza. Foto: Divulgação

Premiado, também, no último domingo, na categoria Melhor Curta Documentário, na 25ª edição do mais prestigiado festival de documentários da América Latina, o É Tudo Verdade, a produção Filhas de Lavadeiras, de Edileuza de Souza, traz reflexões sobre a cultura do racismo e sexismo no país.

A narrativa acompanha histórias de mulheres guerreiras que triunfaram na vida, graças aos livros. Rodado no Rio de Janeiro e em Brasília, o filme conta com depoimentos da deputada Benedita da Silva e da atriz Ruth de Souza, falecida em julho de 2019.

“São mulheres que, como eu, suas mães foram lavadeiras e que, por meio dos estudos, venceram essa predestinação passada de geração para geração”, revela a cineasta Edileuza de Souza, formada pela Escuela Internacional de Cine y Television, sediada em Cuba. “É tudo de maravilhoso ser reconhecida nesse festival. Abre portas para outras oportunidades, mas não quero estar sozinha. Que este prêmio traga mais respeito para realizadores negros”, reivindica.

Com apoio do FAC-DF no recurso de R$ 120 mil, o curta é baseado em livro homônimo da escritora e pedagoga Maria Helena Vargas. Com essa premiação, a produção tem chance real de concorrer a uma indicação ao Oscar de melhor filme na categoria, já que o Festival É Tudo Verdade é um dos 29 eventos cinematográficos nacionais, com a chancela para conseguir tal qualificação. “Isso seria a cereja do bolo”, observa a cineasta.

Escravidão contemporânea

Vencedor do prêmio do júri popular do FAM – Florianópolis Audiovisual do Mercosul, na última quinta-feira (1), o longa-metragem Pureza recebeu apoio de R$ 725 mil do FAC.  Estrelado pela atriz Dira Paes, rosto conhecido de algumas produções cinematográficas do Distrito Federal, o filme é baseado em fatos e foi rodado em Marabá (PA) e em Brasília.

“O prêmio do FAC nos permitiu que o filme fosse realizado com a qualidade que almejávamos, circulando o Brasil e o mundo em um número expressivo de festivais como China, Rússia, França, Itália, Alemanha. Para isso, foi fundamental termos o patrocínio do FAC”, reconhece o diretor, Renato Barbieri.

*Com informações da Secretaria de Cultura