09/10/2020 às 20:48, atualizado em 16/11/2020 às 14:52

Começa desmobilização de leitos exclusivos para Covid-19

Cronograma segue planejamento e critérios rigorosos para auxiliar pacientes de outras enfermidades e cirurgias eletivas na rede pública

Por Flávio Botelho, da Agência Brasília * | Edição: Fábio Góis

| Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

“O plano é muito responsável pois ele consegue determinar, por meio dos dados existentes, quais os percentuais que temos naquele dado momento. Ele ficou pronto no início da semana e foi apresentado ao governador Ibaneis, para que ele pudesse tomar conhecimento da estratégia. Depois de todas as explicações técnicas necessárias, ele o validou para que a gente pudesse estar, hoje, realizando essa coletiva”, explicou Okumoto.

A SES também reforça que a desmobilização dos leitos não é algo definitivo, pois vão seguir os critérios das análises semanais provenientes do Comitê de Operações Emergenciais. “A Covid-19, por ter comportamentos distintos, faz com que o plano também preveja a sua suspensão da desmobilização e, em um momento seguinte, o início de uma remobilização”, ressaltou Petrus Sanchez.

Hospitais de campanha

No próximo dia 20, o Hospital de Campanha do Estádio Mané Garrincha também será desativado. Em quase cinco meses de operação, a unidade, que possui 197 leitos, recuperou 1.755 pacientes. Atualmente, 38 pacientes estão internados no local e serão transferidos para outros hospitais da rede pública até o dia da desmobilização completa.

O DF, no entanto, não ficará sem uma unidade de retaguarda para pacientes com a Covid-19. De acordo com a SES, o Hospital de Campanha de Ceilândia, que contará com 60 leitos, está em fase final de estruturação, deve ser entregue no início de novembro e representará um legado para a saúde do DF, como explica o secretário de Saúde.

“Futuramente, quando a pandemia do novo coronavírus se encerrar, ele se transformará no Hospital Materno-Infantil de Ceilândia”, arrematou Okumoto.

Retorno das cirurgias eletivas

Apesar da situação atípica, as cirurgias oncológicas e cardíacas, além dos transplantes de órgãos, foram realizadas normalmente durante o período mais crítico da pandemia. Agora, com a atual fase mais branda, as cirurgias eletivas retornarão ao cronograma da SES, inicialmente com os pacientes oftalmológicos.

No Hospital de Base os cronogramas de outras enfermidades também serão retomados, como explica o diretor-presidente do Iges-DF. “Considerando o momento de curva descendente dos casos de Covid-19, estamos dando vazão a uma demanda reprimida de cirurgias de câncer de mama e de procedimentos ginecológicos e otorrinolaringológicos”, concluiu Paulo Ricardo Silva.