16/10/2020 às 10:50, atualizado em 16/10/2020 às 16:17

Hospital de campanha fecha após cinco meses

Equipamentos vão integrar o patrimônio da Secretaria de Saúde. A despedida emocionou pacientes e profissionais que enfrentaram a Covid-19

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Música, abraços, risos e choro. Foi nesse clima de emoção que o Governo do Distrito Federal fechou, nessa quinta-feira (15), o Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha (HCMG). O fechamento marca o início da execução do Plano de Desmobilização de Leitos da Covid-19, anunciado no último dia 9 pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto.

Em cinco meses, hospital atendeu mais de 1,8 mil doentes com Covid-19. Equipamentos e mobiliário irão integrar o patrimônio da Secretaria de Saúde | Fotos: Breno Esaki / Agência Saúde

Enquanto os portões do hospital eram fechados ao som de músicos do Corpo de Bombeiros do DF, 1.787 balões subiram ao ar representando o número de pacientes salvos, e aos profissionais que atuaram contra o novo coronavírus.

A cerimônia do fechamento simbólico do hospital foi presidida pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Também emocionado, Okumoto declarou que o hospital de campanha cumpriu sua missão num momento em que a população do Distrito Federal mais precisava.

Ele agradeceu aos profissionais que atuaram no Mané Garrincha e parabenizou os pacientes lá atendidos. “São vitórias exemplares dentro de uma arena de competição”, ressaltou. “Aqui não vai ficar só um legado para a Saúde do Distrito Federal, mas também um trabalho importante para o conhecimento dessa nova doença”, disse.

O evento foi prestigiado ainda pelo secretário adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, além do procurador de Justiça do Ministério Público do DF, e Territórios e coordenador da força-tarefa contra a Covid-19, José Eduardo Sabo Paes, e do presidente da Arena BSB, Richard Dubois.



O Hospital de Campanha Mané Garrincha abriu as portas no dia 22 de maio. Durante este período recebeu mais de 1,8 mil doentes com Covid-19, dos quais 1.787 voltaram para suas famílias e 32 não resistiram à doença.

Eles foram atendidos por um batalhão de dedicados profissionais, entre eles 129 médicos e 647 enfermeiros, além de técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e profissionais administrativos não-assistenciais que atuaram na logística, transporte, alimentação e segurança.

O HCMG foi equipado com 197 leitos, sendo 173 de enfermaria para adultos, 20 de suporte avançado e quatro de emergência. Todo mobiliário e equipamentos irão integrar o patrimônio da Secretaria de Saúde, que usará esse material para atender pacientes com outras enfermidades nas diversas unidades da rede pública do DF.

*Com informações da Secretaria de Saúde