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26/11/2020 às 14:43
Aproximadamente 50 mil pessoas serão beneficiadas com a medida. Minuta do projeto segue para a Câmara Legislativa do DF
Famílias do DF com renda de até cinco salários mínimos que moram em núcleos informais consolidados em Áreas de Interesse Social (Aris) estão mais perto de conseguir o registro dos lotes. Em reunião nesta quinta-feira (26), o Conselho de Desenvolvimento Territorial e Urbano do DF (Conplan) aprovou, por unanimidade, o projeto de lei complementar (PLC) da Regularização Fundiária Urbana (Reurb).
Elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), o projeto tem como foco garantir, a uma população de baixa renda, o direito à moradia com segurança e a infraestrutura necessária. Num primeiro momento, as novas regras vão beneficiar aproximadamente 50 mil pessoas.
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O texto atualiza a estratégia de regularização fundiária urbana prevista no Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (Pdot) de 2009 e regulamenta a Lei Federal nº 13.465/2017, que trata do assunto, adaptando os instrumentos à legislação do Distrito Federal.
Novas unidades
A minuta simplifica procedimentos, define critérios para o enquadramento das áreas nas modalidades da Regularização Fundiária de Interesse Social (Reurb-S) e Regularização Fundiária de Interesse Específico (Reurb-E) e cria oito novas Aris. Após a votação no Conplan, a minuta do PLC segue, ainda este mês, para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
“Do universo dos núcleos urbanos informais no DF, nesse primeiro momento, escolhemos aqueles em que a consolidação é irreversível, que estão em uma situação de vulnerabilidade social e de risco à saúde e que atendem ao maior número de pessoas”, explicou o subsecretário de Planejamento Urbano da Seduh, Vicente Lima.
Outro ponto importante é a possibilidade de instalação de infraestrutura essencial, em caráter provisório, nos núcleos urbanos informais em processo de regularização. A conselheira Júnia Bittencourt, da União dos Condomínios Horizontais e Associações de Moradores do DF (Unica), ressaltou a importância de ampliar a oferta de moradia no DF. “A regularização não estimula novas invasões, ao contrário: a legalização freia o surgimento de novos assentamentos”, defendeu.
Sem obstáculos
Representante da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), a conselheira relatora da matéria, Sandra Marinho, destacou: “O PLC propõe avanços significativos nos processos de regularização fundiária urbana, na medida em que favorece a retirada de obstáculos legais que dificultam os processos que tramitam por muitos anos e causam morosidade à administração pública”.
Foram incluídas no parecer duas recomendações de ajustes técnicos no texto propostas pelos conselheiros Vilmar Angelo, da Secretaria de Agricultura (Seagri), e Maria Silva, da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). As observações são referentes à situação dos pequenos agricultores e ao meio ambiente. O voto favorável da relatora foi acompanhado por 28 conselheiros presentes.
“Desde o início do ano passado, aceitamos o desafio de revolucionar a regularização fundiária no Distrito Federal, e a aprovação deste projeto de lei representa uma etapa muito importante”, ressaltou o subsecretário de Parcelamentos e Regularização Fundiária da Seduh, Marcelo Vaz.
“Este é um PLC de grande importância para permitir ao GDF avançar ainda mais nas aprovações dos processos de regularização fundiária e, ainda, possibilitar o início de novos processos em relação a essas oito novas áreas, além de ocupações históricas, como a do Setor Tradicional de Planaltina”, concluiu o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.
Confira, abaixo, a lista das novas Aris.
* Com informações da Seduh