29/11/2020 às 17:51, atualizado em 29/11/2020 às 18:48

Reforma completa do canal de Tabatinga

Governo investe em nova etapa de obras para entregar mais 4 km de água canalizada para 50 famílias de produtores rurais

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

O novo trecho de canalização dará à região um potencial de irrigação de 96 hectares | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Aumento da produção

Motivo de alegria para agricultores como Eduardo Azevedo, 51, há dezesseis anos produtor e morador do núcleo Tabatinga. Sua plantação de soja e a criação de tilápias passarão por um “upgrade” com a tubulação completa do canal.

“A gente sempre preza pela agua, pois ela é vida. Para que o produtor possa investir, tem que ter a garantia de água senão leva prejuízo”, adianta Eduardo. “Com a obra, acabará o risco de faltar água. E além de encher bem os tanques de peixes, já penso em fazer estufas de hidroponia para cultivar hortaliças”, revela.

De fato, em tempos de chuva como o de agora está tudo bem. Mas na fase de estiagem, que começa em maio no Distrito Federal, a água rareava. “Não tinha jeito. Na seca, a água tubulada não chegava para todo mundo. E, na dúvida, o produtor não planta. Com o novo trecho de canalização, teremos um potencial de irrigação de 96 hectares”, explica o assessor técnico da Emater-DF, Edvan Ribeiro.

Com a obra, acabará o risco de faltar água. E além de encher bem os tanques de peixes, já penso em fazer estufas de hidroponia para cultivar hortaliçasEduardo Azevedo, produtor ruralcentro

Trabalho em parceria

A fruticultura (limão, laranja, mexerica pokan) e a criação de gado em pequena escala também são vistas no núcleo rural Tabatinga. Mas a produção de grãos é destaque nacional e acompanhada de perto pela empresa de assistência rural do GDF.

“Depois do Padef, na região administrativa do Paranoá, Tabatinga tem uma das maiores produções de sacas de soja por hectare do Brasil. O cultivo é muito bem feito e organizado”, elogia o gerente do escritório local do órgão, Alessandro Rangel.

E para toda essa “engrenagem” funcionar, mais um belo trabalho de parceria entre governo e comunidade. Assim como nos dois trechos anteriores, a construção da tubulação terá a participação da Seagri (maquinário e equipamentos), Emater (assistência técnica) e os agricultores locais, responsáveis pela mão-de-obra e ansiosos por mais água.