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04/12/2020 às 12:24
Em mosaico diversificado, 30 produções vão mostrar a força do 53º FBCB
Estarão presentes desde a abordagem do atual momento do país – como mostra a produção mineiro-pernambucana Entre nós talvez estejam multidões – a homenagens a grandes ícones da nossa cultura. Da literatura, o modernista Mário de Andrade é representado em Por onde anda Makunaíma?; já Ivan Cardoso, inventor do subgênero “terrir”, aparece em Ivan, o TerríVel, enquanto o cineasta, diretor de fotografia e pintor Mario Carneiro é o inspirador de A luz de Mario Carneiro.
Silvio Tendler aponta que o resultado dos longas é reflexo não apenas do atual mercado do audiovisual, mas da realidade do planeta, com a pandemia da Covid-19. Cita como exemplo a escolha de dois documentários na briga por vaga de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2021: o brasileiro Babenco, de Bárbara Paz, e o chileno O espião, de Maite Alberdi.
“Na verdade, o que está acontecendo é que o cinema documentário, nesse momento, não sei se por conta da pandemia ou se é uma nova estética que está surgindo, está assumindo um protagonismo mundial”, observa. “Fazer ficção hoje em dia está muito caro, muito difícil, o mercado está complicado, produzindo para as redes de televisão, e estão priorizando os documentários. Acho que é uma realidade.”
Seleção dos curtas
No período recursal, foi apontado que dois curtas pré-selecionados descumpriram um item do edital sujeito à desclassificação: o de ineditismo no Distrito Federal. Assim, os filmes À beira do planeta Mainha soprou a gente (BA) e Mãtãnãg, a encantadora (MG) foram substituídos por Noite de seresta (CE) e Inabitáveis (ES), os dois mais bem-pontuados da sequência. “Não é uma decisão nossa”, explica Tender. “Consta no regulamento que os filmes têm que ser inéditos em Brasília, tivemos que tirar esses dois trabalhos”.
Conheça, abaixo, os curtas da Mostra Oficial.
A morte branca do feiticeiro negro
(Rodrigo Ribeiro, documentário, SC, 11min)
A Tradicional Família Brasileira KATU
(Rodrigo Sena, documentário, RN, 25min)
Distopia
(Lilih Curi, ficção, BA, 10m38s)
Guardião dos caminhos
(Milena Manfredini, experimental, RJ, 3 min)
Inabitável
(Matheus Faria e Enock Carvalho, ficção, PE, 19min57s)
Inabitáveis
(Anderson Bardot, ficção, ES, 25min)
Noite de seresta
(Muniz Filho, Sávio Fernandes, documentário, CE, 19min)
Ouro para o bem do Brasil
(Gregory Baltz, RJ, documentário, 17min24s)
Pausa para o café
(Tamiris Tertuliano, ficção, PR, 5min)
República
(Grace Passô, ficção, SP, 15min30s)
Quanto pesa
(Breno Nina, ficção, MA, 23min)
Vitória
(Ricardo Alves Jr. ficção, MG, 14min)
Planos diversificados
A prestigiada Mostra Brasília, que ocorre desde 1996 no FBCB, teve 12 filmes selecionados. Quatro documentários concorrem na categoria longa-metragem, a exemplo de Candango: Memórias do Festival e Utopia e distopia, do veterano Jorge Bodanzky.
O primeiro, dirigido por Lino Meirelles, é um mosaico de depoimentos de cineastas, atores, organizadores e jornalistas sobre o mais importante festival de cinema do país. O segundo, recheado de imagens em Super 8 e registros fotográficos da época de estudante do diretor, traz uma reflexão sobre os primeiros anos da capital federal e da Universidade de Brasília (UnB).
Conheça os longas da Mostra Brasília.
O mergulho na piscina vazia
(Edson Fogaça, documentário, 83min)
Cadê Edson?
(Dácia Ibiapina, documentário, 72 min)
Candango: Memórias do Festival
(Lino Meirelles, documentário, 119 min)
Utopia e distopia
(Jorge Bodanzky, documentário, 74 minutos)
Abaixo, conheça os curtas da Mostra Brasília.
Algoritmo
(Thiago Foresti, ficção, 20min)
Questão de bom senso
(Péterson Paim, documentário, 29min53s)
Do outro lado
(David Murad, ficção, 15min36s)
Rosas do asfalto
(Daiane Cortes, documentário, 19min57s)
Eric
(Letícia Castanheira, documentário, 13min50s)
Brasília 60 + 60: do sonho ao futuro
(Raquel Piantino, animação, 13mim)
Delfini Brasília, olhar operário
(Maria do Socorro Madeira, documentário, 22m58s)
Curumins
(Pablo Ravi, documentário, 17m14s)
* Com informações da Secec