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23/12/2020 às 12:46, atualizado em 23/12/2020 às 12:56
Diretores festejam premiação e reconhecimento em um dos principais eventos culturais do país
Num ano atípico, em que as pessoas tiveram que aprender a se ressocializar e se manifestar de maneira diferente, o simples fato de participar de um evento da envergadura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), mesmo que virtualmente e sem a presença, in loco, do público, foi um grande feito. Maior vitrine da produção nacional no País, o festival encerrou na segunda-feira (21) sua 53ª edição.
“Acreditar e persistir em fazer o cinema brasileiro. Exibir os filmes em festivais, viver e continuar vivendo essas histórias. Esse reconhecimento para o filme é importante porque a mensagem dele é muito bonita”, comentou o cineasta Lino Meireles, ainda exultante com os três troféus conquistados em sua pioneira participação no evento com o documentário Candango: Memória do Festival, uma viagem afetiva pela origem e os bastidores do mais emblemático evento cinematográfico do País.
Para o jovem talentoso cineasta e sua equipe, o Troféu Candango é mais do que a valorização da multiplicidade da cultura brasileira, com todos os sotaques, cores, feições e visões de mundo. É, também, o resgate e o reconhecimento do saber dos povos indígenas que, há séculos, resistem aos ataques culturais, religiosos, econômicos e políticos.
“Agora, mais do que nunca, agradeço a eles, principalmente o prêmio. O filme é fruto de muita dedicação e idealização de um cinema sensível e de resistência”, comenta. “Estou transbordando de alegria. Acho que para mim e toda equipe, que passa pelo Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, este prêmio é um dos maiores reconhecimentos possíveis!”, diz.
Autor de um dos filmes mais contundentes do festival, contado de forma poética e atmosférica, o diretor Rodrigo Ribeiro levou o Candango de Melhor Direção pelo curta A Morte Branca do Feiticeiro Negro. Na narrativa documental, o cineasta explora o fantasma da escravidão no Brasil.
“Mais do que um ganho, o prêmio representa uma vitória de realizadores pretos que conquistam espaços que supostamente não era para ser nosso – vide tamanha discrepância de atuação e oportunidades entre brancos e pretos na função de diretor”, lamenta. “Ocupar esses cargos, contar nossas histórias, a partir de um olhar subjetivo e intransferível é um sonoro ‘estamos aqui!’”, fala, orgulhoso.
A força da delicadeza feminina
Um dos projetos mais premiados nessa edição do festival, o curta Pausa Para o Café, de Tamiris Tertuliano, traz a força do olhar feminino em meio à dureza do cotidiano. É a história de duas mulheres cúmplices de seus problemas e conflitos pessoais num rápido intervalo de um café. O delicado desempenho das atrizes Maya e Rosana Stavis foi reconhecido pelo Júri Oficial da competição com o Candango de Melhor Atuação.
“Ter nossa produção selecionada para o Festival já foi uma alegria sem tamanho. A premiação é a cereja do bolo que precisávamos para ter o ânimo de prosseguir nesse ano tão difícil que foi 2020. Estou extasiada e muito animada para futuros trabalhos, quero sempre estar cercada de mulheres incríveis”, diz, animada, a diretora e co-roterista Tamiris Tertuliano, à frente de uma pequena produtora de Curitiba.
“Maya e Rosana Stavis mereciam nada menos que a premiação. Trabalhar com cada uma delas me fez perceber que o cinema não só merece mais mulheres, precisa de mais mulheres à frente de projetos”, reivindica a diretora do filme, que ainda venceu os Candangos de Melhor Roteiro e Montagem.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa