17/01/2021 às 18:05, atualizado em 17/01/2021 às 18:22

Uma questão de bem-estar

Desde o ano passado, servidores da Administração do Itapoã atuam em campanhas de conscientização na cidade

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Ação inclui diálogos com os moradores, aos quais são passadas orientações básicas sobre descarte correto de lixo

A iniciativa, que começou em agosto de 2020, tem surtido efeito. As margens de uma das principais vias da cidade, a Avenida Anatel, eram tomadas de lixo descartados por carroceiros e moradores. Mas o trabalho de conscientização dos servidores mudou o visual do local. “Lá o problema era sério, e tivemos que convencer os moradores e os carroceiros a não jogar mais lixo na área. Hoje as pessoas nos agradecem pela iniciativa”, comenta Raimundo.

A campanha continua este ano. Na última semana, a equipe da administração intensificou as ações na Quadra 378, de onde foram retiradas 70 toneladas de lixo. Cada morador encontrado pela rua ou abordado em sua residência é orientado para armazenar o lixo domiciliar em sacos de plásticos e depositá-lo na frente de sua casa. No dia certo, o caminhão da limpeza vem e recolhe. O serviço é feito de segunda a sexta, sempre pela manhã, cada dia em um setor diferente.

“É um esquema que tem dado certo, mas cada um tem que fazer sua parte – eu, o vizinho, todo mundo”, comenta a dona de casa Ana Marques, 46 anos. “Tem gente que ainda não entendeu a importância dessa atitude”. A pizzaiolo Luana Soares da Silva, 28, endossa: “Bacana esse trabalho de orientação feito pelo governo. Na verdade, não precisava ser feito; cada um tinha que ter conscientização sobre isso”.

“É um esquema que tem dado certo, mas cada um tem que fazer sua parte – eu, o vizinho, todo mundo”Ana Marques, dona de casa moradora da cidadecentro

Ouvidoria

Na medida em que a comunidade é alertada sobre os bons costume em relação à limpeza urbana, equipes da Novacap, do SLU e da própria administração vão recolhendo entulhos e materiais inservíveis espalhados pela cidade. Também colaboram socioeducandos de entidades ligadas à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

A operação envolve três caminhões e uma retroescavadeira. No caso dos lotes cercados ou abandonados, mas com muita sujeira e mato, os donos são encontrados e orientados a fazer a limpeza. Se o pedido não for atendido, a administração aciona o DF Legal e uma multa é aplicada.

“Não é só um trabalho de orientação, mas também de ação”, resume Raimundo Paz. “Também aproveitamos a oportunidade para explicar à população sobre o papel da ouvidoria, para que as pessoas façam uso desse canal para enviar suas reclamações e reinvindicações. Isso nos ajuda no atendimento das demandas.”