28/01/2021 às 19:21, atualizado em 01/08/2021 às 00:22

Após 20 anos, piscina nova para os alunos de Ceilândia

GDF investe R$ 1,2 milhão para incentivar o esporte escolar. Além da natação, alunos da rede ganham três quadras poliesportivas cobertas

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília | Edição: Mônica Pedroso

Passaram-se quase 20 anos desde a última vez em que a piscina do Centro Especial nº 2 de Ceilândia esteve cheia – de água e de alunos. Por quase uma década, a semiolímpica e a infantil da Escola Parque Anísio Teixeira também ficaram fechadas. Em outros três colégios, praticar esportes significava enfrentar chuva e sol. Com R$ 1,188 milhão de investimentos, o Governo do Distrito Federal resolveu os problemas que se arrastavam há tempos nas cinco unidades, o que vai beneficiar mais de três mil estudantes.

A verba é do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) , tanto de repasses regulares quanto de emendas parlamentares destinadas por distritais, e gerida pela Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Ceilândia. Os valores foram executados no fim de 2020, quando as obras começaram, gerando centenas de postos de trabalho, e estão a todo vapor. Todas devem estar prontas quando as aulas presenciais puderem ser retomadas com segurança apesar da pandemia de Covid-19.

Aluno do CEF 26, Thacio Ramos comemora a quadra coberta para jogar bola | Foto: Paulo H. Carvalho /Agência Brasília

Foram investidos cerca de R$ 200 mil na reforma, em que se aproveitou apenas o buraco na terra. Uma nova estrutura foi construída, com rampa de acesso, nova tubulação e casa de bombas. O espaço será utilizado por 486 alunos, de 0 a 59 anos. “É um sonho e uma luta de muito tempo. Faltava boa vontade para tornar realidade”, revela o vice-diretor, Itamar Assenço.

A sete quilômetros dali, o GDF trabalha em outra realização. As piscinas infantil e semiolímpica finalmente poderão ser utilizadas na Escola Parque Anísio Teixeira (QNM 27). “Quando passou para a Secretaria de Educação, há seis anos, as estruturas já estavam sem uso há pelo menos três. Investimos R$ 280 mil para reforma, com reforço estrutural, impermeabilização com fibra, revisão da parte hidráulica e troca de cerâmicas”, conta o coordenador regional de ensino de Ceilândia, Marcos Antônio de Souza.

Com isso, Ceilândia ganha a primeira piscina semiolímpica para prática esportiva na rede pública da cidade. A previsão é que, quando as aulas presenciais puderem ser retomadas, as atividades de natação sejam incluídas no leque de opções oferecidas pela unidade, que desenvolve trabalho complementar no horário contrário do ensino regular e recebe dois mil alunos.

“A comunidade merece. Desde que a escola inaugurou, a reforma e o uso das piscinas é um sonho, de encher os olhos. Vai ser um chamativo a mais para o aluno, que vem para cá porque quer e gosta”, afirma o vice-diretor da escola, Erivaldo de Albuquerque. Serão 500 crianças atendidas nas modalidades aquáticas, divididas em dois turnos. Arquibancada e grades também foram recuperadas.

Conforto e versatilidade

São investidos R$ 708 mil só na melhoria de quadras poliesportivas em três unidades escolares. No Centro de Ensino Fundamental (CEF) Maria do Rosário, foram 45 anos de espera até a área esportiva ganhar cobertura. O que antes era pintura no chão agora tem bases e acessibilidade. “Esse espaço era até subutilizado por causa da situação. Agora poderemos desenvolver mais projetos junto à comunidade”, conta o diretor, James Mayner.

No CEF 26, a improvisação vai sair de cena. No passado, um estacionamento foi transformado em espaço para prática de esportes e, mesmo com declive, era onde os mil alunos faziam educação física. Agora ela ganha estrutura, é nivelada e ainda terá um palco de seis metros para usar em projetos escolares.

“É muito ruim jogar bola aqui, porque tem que ficar no sol ou na chuva, e se cair machuca bastante. Agora vai ser bom, com a cobertura”, comemora o estudante Thacio Ramos, de 13 anos. Diretor da unidade, Roberto de Araújo conta que o espaço poderá receber diversos projetos, como multiuso, independente do clima. “É um ganho muito importante para as 30 turmas da escola”, valoriza.

Para os menores, a nova cobertura vai dar mais qualidade de vida às atividades esportivas e lúdicas na Escola Classe 34 (EC 34). Ali, segundo a diretora Margarete da Silva, são 820 crianças que poderão desenvolver diversas atividades ao ar livre, com garantia de proteção. Além do novo telhado, o muro de arrimo foi reforçado.

Para a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira de Oliveira, essas ações ajudam a democratizar o esporte. “Todas as crianças merecem e devem ter o acesso desde o começo. O esporte ajuda na educação e os tornam cidadãos pronto para as dificuldades da vida”, diz. De acordo com ela, dar melhores condições para a prática esportiva é importante para que as ações sejam desenvolvidas com qualidade.