04/02/2021 às 14:37, atualizado em 04/02/2021 às 20:47

Vem aí a segunda edição do Prêmio RAs Amigas da Criança

Reconhecimento é dado em função de ações que promovam, protejam e apoiem o desenvolvimento na primeira infância

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Em 2019, as RAs campeãs foram Recanto das Emas e Candangolândia | Foto: Renato Alves/Agência Brasília (arquivo)

Secretária-executiva do Comitê de Gestão do programa Criança Feliz Brasiliense, Fernanda Monteiro conta que esta segunda edição foi estruturada coletivamente com secretarias que fazem parte do comitê. Por isso, há olhares de educação, justiça, saúde, economia criativa, governo, esporte e lazer, desenvolvimento social, além da sociedade civil e do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA). Todos envolvidos no objetivo de promover ambientes favoráveis para o desenvolvimento da primeira infância.

“A ideia é que as cidades vivam a primeira infância de fato. Fala-se muito de políticas, diretrizes, portarias, mas queremos a população vivenciando isso e só conseguimos fazer com a parceria dos administradores”, afirma Fernanda Monteiro. De acordo com ela, 19 regiões administrativas se inscreveram na primeira edição e a expectativa é que agora aumente o número de interessados.

Propostas
O estímulo é para construir espaços, pintar o chão, fechar vias públicas em prol de ações culturais, promover o convívio da comunidade e a brincadeira de rua, implementar salas de apoio à amamentação. Esses são pontos que podem ser desenvolvidos pelos órgãos. Além disso, também são sugestões a abertura de salas de leitura, plantio de árvores para estimular ações com meio ambiente, construção de calçadas com acessibilidade nos caminhos das escolas.

“Serão selecionados aqueles que melhor se apresentarem, tiverem maior número de itens desenvolvidos com qualidade. Também é preciso implementar ou reforçar os grupos de discussão com a comunidade, para que seja possível ouvir a população”, ressalta a gestora. De acordo com ela, o prêmio traz a visão de que o Estado não é o único que precisa investir, mas toda a sociedade, com a busca de parceiros e empresários para ações que estimulem o desenvolvimento da primeira infância.

Atuais campeões
Na primeira edição, as duas regiões administrativas selecionadas ao título de “Amigas da Criança” foram Recanto das Emas e Candangolândia, respectivamente nas categorias de grande e pequeno porte. Elas poderão participar novamente, mas as ações realizadas no ano passado não serão consideradas para este edital.

No Recanto das Emas, o planejamento já está pronto para o segundo ano de ações do projeto. “Desde o início buscamos criar uma atmosfera para as crianças, com intervenções para atividades lúdicas, reformas de espaços voltados para a infância. Neste ano, vamos buscar novamente bons resultados e, mais do que isso, estimular o desenvolvimento das nossas crianças. Cuidar delas é cuidar do nosso futuro”, diz o administrador regioanal, Carlos Dalvan.

Administrador regional da Candangolândia, José Luiz conta que a cidade já se prepara para competir de novo. “Foi uma experiência inovadora, que nos deu prazer em trabalhar. Nós continuamos com o projeto e agora vamos ampliá-lo, levá-lo a outros pontos. Estamos em diálogo com diretores de creches e escolas”, revela. Ali, as ruas ficaram mais coloridas com pinturas lúdicas em paredes e no chão.

Criança Feliz Brasiliense
O Criança Feliz Brasiliense foi instituído em 2019 por decreto em adesão do DF ao programa estabelecido pelo governo federal. O projeto é destinado a gestantes, crianças de até seis anos e suas famílias, que recebam benefícios de complementação de renda, além daquelas afastadas do convívio familiar em razão de aplicação de medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A principal ação são visitas domiciliares e a aproximação das famílias às políticas e serviços públicos. Os visitadores passaram por capacitação para assumirem o papel de levar mecanismos e dinâmica para melhorar o vínculo entre pais e crianças, além de se atentar às vulnerabilidades dos pequenos.