07/09/2011 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 18:04

Praça Cívica é destaque

Shows populares e muito artesanato fizeram das comemorações da Independência do Brasil uma festa mais popular

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. Foto: Mary Leal

Suzano Almeida, da Agência Brasília

As comemorações da Independência do Brasil, deste ano, contaram com uma novidade promovida pelas Secretarias de Cultura e da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária: a Praça Cívica. Montado no centro da Esplanada dos Ministérios, o espaço concentrou tendas com  apresentação de shows populares, oficinas de artes para as crianças, praça da alimentação e Feira de Economia Solidária.

O objetivo do GDF é fazer das comemorações de 7 de setembro uma festividade cada vez mais popular, com a participação de artistas da cidade, em programações culturais, e com a exposição de produtos de artesanato, criados por micro e pequenas empresas e cooperativas que fazem parte dos projetos da secretaria da Micro e Pequena Empresa.

“O 7 de setembro é um evento não só cívico, mas reconhecidamente popular. Aqui temos cidadãos e cidadãs de diversos extratos sociais e regiões do DF e do país. Por isso, é tão importante aproveitar essa oportunidade para divulgar que existe uma forma alternativa de organizar a produção e o desenvolvimento da economia solidária”, declarou o subsecretário da Economia Solidária do DF, Afonso Magalhães.

Durante a manhã foram realizados shows com bandas de percussão e a apresentação dos Canarinhos do DF, de São Sebastião. O projeto é voluntário e ensina diversos instrumentos a crianças da cidade com o objetivo de afastá-las das drogas e da criminalidade. “É maravilhoso ver essas crianças tocando dessa forma”, afirmou Maria Alice, que veio de Taguatinga para acompanhar os desfiles da Semana da Pátria. Marly Matos mora em Mar de Espanha, na Zona da Mata mineira, e vêm todos os anos para ver os desfiles e visitar a filha. Ela aprovou a iniciativa do GDF e, ainda de longe, se impressionou com a beleza dos ipês amarelos feitos artesanalmente.

Festa de oportunidades
Dona Iza, ou apenas Iza, como ela prefere ser chamada, foi voluntária na organização das tendas, no gramado central da Esplanada dos Ministérios. Bem recebida por todos os expositores, ela explica que a intenção de levar para o desfile os artesãos é divulgar os diversos trabalhos e no futuro ter na Feira Permanente da Torre de TV uma banca para que todos os produtos possam chegar até os consumidores.

Uma das tendas chamava a atenção dos visitantes, por ser organizada por agentes penitenciárias da Colméia, presídio feminino localizado no Gama. Os produtos são fabricados por detentas, que recebem, em mãos, 50% dos lucros com as vendas – a outra parte vai para a aquisição de material para nova produção. “A comemoração da Independência foi uma ótima alternativa para expor o trabalho das internas”, declarou a agente de atividades penitenciárias Olívia Buzar.

Graças ao trabalho da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária, os pequenos produtores conseguem ter seu espaço. “Desde o início o governo tem nos chamado, como foi no aniversário de Brasília. Em algumas administrações regionais tem feiras de 15 em 15 dias e quando há grandes eventos parte da produção das cooperativas acaba sendo expostas para venda”, explica a artesã Eleni Neves.