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26/03/2021 às 12:10, atualizado em 26/03/2021 às 12:41
Brasília Ambiental e Sema desenvolvem ações para monitorar os grupos do maior roedor do mundo que vivem na capital
A Sema, em conjunto com a Universidade Católica de Brasília (UCB), está desenvolvendo o projeto Identificação e Monitoramento da População de Capivaras na Orla do Lago Paranoá. “O projeto visa conciliar o uso do espaço público, unindo a conservação de animais silvestres e o lazer dos cidadãos. Para formular políticas públicas eficientes, decidimos financiar uma pesquisa científica, que nos trará informações idôneas, e investir em educação ambiental”, informa o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho.
A pesquisa vai buscar respostas para várias questões. A população de capivaras do DF tem aumentado ou não? Em caso afirmativo, esse aumento é muito ou pouco? As pessoas estão usando mais o habitat desses animais devido à desocupação da orla ou estão apenas visualizando mais o que já existia? As capivaras apenas mudaram de lugar por se sentirem mais livres em função de não terem mais cercas? Tudo isso será avaliado.
Com duração prevista de um ano, o projeto permitirá conhecer o tamanho da população atual, como está a saúde do animal e o estado de conservação do habitat. Serão disponibilizados ao cidadão comum trabalhos científicos que já existem sobre as populações de capivaras, principalmente, as do DF, relacionados às doenças (zoonoses). Assim, será produzida informação de educação ambiental e comunicação científica para a população do DF.
Educação
“A capivara vive em ambientes próximos às áreas alagadas e precisa de pastagens para se alimentar. Então, é perceptível que aquela é uma área ideal para ela e é o habitat natural dela” Suzzie Valladares , chefe da assessoria Estratégica da Sema direita
Recursos do Fundo Único do Meio Ambiente (Funam-DF) serão destinados a ações de educação ambiental voltada à população frequentadora dos espaços da orla do Lago Paranoá. O lago, lembra o Brasília Ambiental, se insere em uma Área de Preservação Permanente (APP), que tem, principalmente, uma função ecológica, por meio da qual se deve evitar o assoreamento do lago e garantir o fluxo das espécies nativas – entre essas, a capivara.
“A capivara vive em ambientes próximos às áreas alagadas e precisa de pastagens para se alimentar. Então, é perceptível que aquela é uma área ideal para ela e é o habitat natural dela. Com a retirada das cercas, elas agora podem circular com mais tranquilidade e escolher quais são as áreas que para elas são melhores para habitarem”, pontua a chefe da Assessoria Estratégica da Sema, Suzzie Valladares.
Thiago Silvestre, por sua vez, enfatiza que o Lago Paranoá recebe afluentes. Um deles nasce dentro do Parque Nacional de Brasília e vai desembocar no Córrego do Bananal. Isso quer dizer que a fauna do Parque Nacional vai para o Lago Paranoá e vice-versa.
“O lago recebe diversos animais silvestres, como capivara, jacaré, lontra, peixes, além do afluente que vem da APA Gama Cabeça de Veado. As pessoas precisam entender que as populações de capivaras e outros animais no lago Paranoá serão sempre recorrentes, e não há uma solução para afastar as capivaras das pessoas. O objetivo do nosso trabalho é conscientizar as pessoas de que é necessário e possível a convivência harmoniosa com esses animais”.
Uma outra ação que os órgãos ambientais vão empreender é ampliar o grupo de trabalho do Brasília Ambiental. Passará a ser interinstitucional e deve contar com técnicos da Sema e da Diretoria de Vigilância Sanitária da SES. A intenção é que o trabalho seja conjunto, para obter resultados mais efetivos.
* Com informações do Brasília Ambiental