Domingo com música e muita dança ao ar livre

Acompanhado de dois amigos, o estudante David Robert Pereira, de 18 anos, ficou surpreso ao ver a movimentação na praça do Conjunto Cultural da República. “Viemos dar um ‘rolé’. Não sabia desse evento. Achei divertida a mistura de culturas.” Ao contrário, a aposentada Maria Eustáquia, de 67 anos, soube com antecedência que haveria muita música por ali e se juntou a um grupo de 98 idosos do Centro Olímpico do Setor O, de Ceilândia, para aproveitar a festa. “A chuva nem me incomodou. Dancei muito. Virei quantas vezes me convidarem para este tipo de passeio.” David, Maria e outros tantos formavam o público que acompanhou a programação, na noite deste domingo (19), em homenagem aos 55 anos de Brasília.

A ideia foi transformar o local em um baile a céu aberto. Para isso, os DJs Gleyson Nascimento e Igor Fearn comandaram as pick-ups. O primeiro tocou músicas de Michael Jacson, Tim, Maia e Madonna, entre outros. O segundo mesclou música eletrônica, forró universitário e rock nacional. Também se apresentaram as bandas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. E para garantir o bailado, 30 participantes do movimento Mexa-se — que reúne grupos de dançarinos de várias partes de Brasília — convidavam os presentes para dançar.

O governador Rodrigo Rollemberg dançou com a esposa, Márcia Rollemberg, e com algumas integrantes do público. “É uma iniciativa para aproveitar os ambientes públicos, principalmente as praças, que são agradáveis e propícias para dançar”, disse.

Tranquilidade
A descentralização em 2015 dos eventos culturais em alusão ao aniversário da capital agradou o professor de ginástica Francisco das Chagas, de 31 anos, que dá aulas no Centro Olímpico do Setor O. “Antigamente, esse tipo de evento só ocorria durante o dia. À noite, havia shows maiores, lotados, e muitas pessoas ficavam com medo de participar. Com essa programação mais dividida, fica mais tranquilo.”

Foram a tranquilidade e a liberdade encontradas em Brasília que atraíram a dona de casa Maria Francisca Rodrigues, de 62 anos. Depois de um tempo no Distrito Federal, a piauiense chegou a morar com o marido em São Paulo, mas quis voltar. “Aqui eu me sinto mais livre. Lá tem muita gente.” Neste domingo, ela descobriu outro interesse. “Quando cheguei, vi a chuva e pensei: ‘o que vim fazer aqui?’. Mas depois de um tempo, adorei e deu até vontade de fazer aula de dança.”

Além do governador, estiveram no local os secretários de Cultura, Guilherme Reis, e de Educação, Julio Gregório, além do chefe da Casa Civil, Hélio Doyle.

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