15/05/2021 às 10:59, atualizado em 15/05/2021 às 11:15

15 de maio: o dia de quem trabalha para garantir direitos

Assistência Social do DF incorpora mais servidores públicos e amplia atendimento à população

Por Agência Brasília* I Edição: Carolina Jardon

Ouvir, orientar, acolher, encaminhar. São muitos os verbos para tentar descrever o trabalho de profissionais que, diariamente, atuam no suporte da população vulnerável e na garantia de direitos. São os assistentes sociais, trabalhadores que tiveram a sua atuação regulamentada no Brasil há 59 anos, em 15 de maio de 1962, data até hoje celebrada como o Dia do e da Assistente Social.

E em 2021, a Secretaria de Assistência Social (Sedes) celebra a data com o sentimento de renovação. Nos últimos doze meses, o número de profissionais saltou de 93 para 166, graças à posse de 73 novos servidores após aprovação em concurso público.

A assistente social Daniele Gomes trabalha no Centro Pop Brasília, e diz ter como desafio o perfil variado do grupo. “Às vezes a gente atende pessoas em situação de rua que possuem nível superior, como também atendo pessoas vivendo na rua que não são alfabetizadas” | Foto: Renato Raphael /Sedes

Responsável pelo atendimento de população em situação de rua no Centro Pop Brasília, a assistente social Daniele Gomes ressalta o perfil variado do grupo. “Às vezes a gente atende pessoas em situação de rua que possuem nível superior, como também atendo pessoas vivendo na rua que não são alfabetizadas”, conta. A discrepância ficou ainda mais evidente nessa pandemia, com pessoas que por vezes viviam com certa estabilidade, tendo agora perdido completamente sua renda.

Essa também é a realidade da assistente social Kelly Douto, do Creas Sobradinho. Há 18 anos na profissão, sendo 11 anos como servidora do governo do Distrito Federal, ela esclarece a relevância de não ter preconceito com a população atendida. “Até hoje as pessoas identificam a assistência social como uma política voltada apenas para pessoas de baixa renda, apenas para essas pessoas terem acesso a benefícios sociais.

Só que a assistência social vai muito além disso. Dentro do Creas a gente atende famílias e indivíduos vítimas de violação de direitos porque a assistência é de quem dela necessitar, independente da classe social”, explica. Nos 11 Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), por vezes a luta por direitos não é para assuntos como alimentação, e sim, por exemplo, o respeito à diversidade sexual.

A luta contra o preconceito é ressaltada pela secretária Mayara Noronha Rocha. À frente da Sedes, ela ressalta que as pessoas atendidas não estão ali por terem infringido a lei, pelo contrário, estão sim com seus direitos ameaçados.

“É preciso que toda a sociedade conheça e abrace a causa da assistência social. Quando a comunidade acolhe iniciativas como as Casas de Passagens, por exemplo, os resultados são positivos para todos”, exemplifica. A gestora também afirma a importância da articulação com outras políticas públicas, em áreas como saúde, educação e emprego.

* Com informações da Sedes