24/05/2021 às 13:25

Sete pontos culturais de portas abertas nesta sexta-feira (28)

Seguindo todos os protocolos de segurança, reabrem-se os equipamentos culturais; maioria estava fechada há meses

Por Agência Brasília* I Edição: Carolina Jardon

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou, nesta segunda-feira (24), a Portaria nº 70, que reabre, a partir da sexta-feira (28) sete equipamentos culturais sob sua gestão: Museu Nacional da República (MuN), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, Museu da Cidade (os três formam o Centro Cultural Três Poderes (CC3P),  duas galerias do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) e o Museu de Arte de Brasília (MAB), este último retornando à visitação pública depois de 14 anos fechado.

O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), por estar em reforma, vai permanecer fechado até a conclusão da obra. Já o Museu do Catetinho, por não apresentar condições mínimas de funcionamento dentro dos aspectos de segurança do protocolo covid-19 e estar em reforma, também segue fechado.

O Espaço Cultural Renato Russo só terá as duas galerias do piso principal em funcionamento. Os demais espaços permanecem fechados. A Concha Acústica está autorizada a receber visitantes, desde que seja realizada exposição de arte em seu interior, ou mediante concessão de autorização especial.

Os parques do Museu do Catetinho e do Museu Vivo da Memória Candanga seguem fechados. “Os museus abrem as suas portas de forma segura e sem riscos de aglomerações, tornando-se alternativas prudentes de experiência artística para a população”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

Rota segura

Seguindo todos os protocolos de segurança previstos pelas autoridades sanitárias, os equipamentos reabrem, em sua maioria, após quase três meses fechados, devido ao segundo período de quarentena instituído para evitar a disseminação da pandemia.

Para a volta ao funcionamento normal, esses espaços passaram por um rigoroso processo de limpeza e sinalização de segurança, respeitando as medidas sanitárias necessárias para proteger servidores e visitantes da covid-19. Os locais voltam a propor um diversificado circuito artístico.

Museu Vivo da Memória Candanga

A gerente do MVMC, Eliane Falcão, celebra a reabertura com a esperança de que em breve tudo possa voltar ao expediente normal. “O Museu Vivo é a morada dos pioneiros da nossa capital. Será mais uma alternativa de passeio cultural possível”, afirma.

  • Exposição Poeira, Lona e Concreto – Com acervo composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção de Brasília, a exposição permanente narra a história da cidade, desde os projetos até a inauguração, em 1960.
  • Cerrado de Pau de Pedro – Esculturas de madeira que remetem ao olhar e ao amor pelo bioma cerrado visto pelo artista popular Seu Pedro de Oliveira Barros. Mostra permanente, com peças feitas com madeiras recolhidas no cerrado.
  • Regras de visitação: De  sexta a domingo, das 10h às 16h, somente para dois salões expositivos. O parque permanece fechado. Lotação do salão: dez pessoas por salão. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3301-3590.

Espaço Cultural Renato Russo (ECRR)

Novidade para o público: o Museu da República passou por uma pequena reforma

O Museu Nacional preparou novas exposições para sua reabertura. O público poderá conferir mostras inéditas, como as de Alex Vallauri, no expositivo principal; Marcos Amaro, no mezanino; Marçal Athayde, na galeria térreo, e Suyan de Mattos, na Sala 2. Outra novidade é que o museu também passou por uma pequena reforma.

“Nós desmontamos a galeria acervo para recuperar a arquitetura original do prédio. Agora, podemos ver o mezanino suspenso por tirantes, sem nenhum pilar, como no projeto original de Oscar Niemeyer. O contato direto com as obras de arte e com o prédio do Museu é algo que queremos incentivar com atenção à saúde coletiva”, destaca a diretora do espaço, Sara Seilert.

  • Decifra-me ou te Devoro – O Enigma da Cidade – Do maranhense Marçal Athayde. Traz a produção recente de telas e esculturas do artista radicado no Rio de Janeiro. Reúne 32 obras que abordam as relações e tensões entre o sujeito e a cidade.
  • Alex Vallauri – Retrata, por meio de andaimes verdes e tapumes intercalados, uma invasão urbana no ambiente expositivo tradicional e patrimonial. São cartazes, obras, estruturas, andaimes, ruídos estênceis. A cidade está em constante transformação neste exato segundo. Combinam-se experiências e ações espontâneas que compõem contextos urbanos.
  • O Poço – Do artista Marcos Amaro, é o segundo ato do projeto Ontologias, um estudo experimental expandido, cujo conceito parte principalmente da interpretação filosófica da natureza do ser, da existência e da realidade. Além de um conjunto de cinco desenhos, O Poço tem como peça central uma obra homônima, que traz no fundo de sua estrutura um espelho.
  • Suyan de Mattos – O público poderá enxergar que a dor é subjetiva, complexa e difícil de definir. Há dez anos, a artista adoeceu e passou a sentir dor diariamente. A partir de então, mudou a sua linguagem da pintura para o bordado. Essa técnica passou a significar ativar e misturar suas experiências de vida para produzir um padrão individual e inimitável.
  • Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h. Lotação do salão: 30 pessoas. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3325-5220.

    Museu de Arte de Brasília (MAB)

    Com prédio entregue à população em 21 de abril deste ao, aniversário de 61 anos de Brasília, o Museu de Arte de Brasília (MAB) volta a receber o público depois de 14 anos fechado. Nesse momento, a ocupação artística abrange hall, pilotis e área externa do museu, com mostra fotográfica de Orlando Brito (pilotis), gravuras de Tarsila do Amaral (hall) e esculturas que ocupam o jardim.

    “Desde a fundação do MAB, as diferentes gestões que se sucederam desejaram ou tentaram criar um parque de esculturas na região do museu, ideia que se materializou nessa reabertura. O parque foca na produção de autores de Brasília que demonstram diferentes aspectos da produção dessa forma de arte na capital”, destaca o gerente do local, Marcelo Gonczarowska.

    • Regras de visitação: De quarta a segunda-feira, das 9h a 21h. Fechado às terças-feiras. Capacidade: pilotis – 140 pessoas; hall – 15. Obrigatório uso de máscara, controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas; álcool gel disponível. Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: mab@cultura.df.gov.br.

    Em todos os espações museológicos da Secec, a recomendação é que o visitante não toque na superfície das obras de arte, mesmo aquelas que estão ao ar livre e tenham concepção interativa.

    *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa