“As ações são contínuas, com vistas à diminuição da população de vetores, compreendendo o fenômeno da sazonalidade e as especificidades de cada período” José Carlos Natal, diretor da Divaldireita
Este ano, até a Semana Epidemiológica 22 – que corresponde ao período de 30/5 ao dia 5 deste mês –, o Distrito Federal registrou uma queda de 78% no número de casos prováveis de dengue, na comparação com o mesmo período de 2020.
Os dados foram divulgados no boletim epidemiológico semanal da Secretaria de Saúde (SES), e o cenário é reflexo das ações executadas de forma contínua pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival). “As ações são contínuas, com vistas à diminuição da população de vetores, compreendendo o fenômeno da sazonalidade e as especificidades de cada período”, explica o diretor da Dival, José Carlos Natal.
No período da seca, são intensificadas as ações de educação em saúde, retirada de inservíveis (objetos que não servem mais e podem ser reservatórios de água parada, propício ao desenvolvimento de larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue), manejo do lixo de forma preventiva e conscientização da corresponsabilidade de toda a população.
“As ações desenvolvidas no período interepidêmico [entre uma epidemia e outra] são de suma importância para a diminuição dos vetores na época em que a circulação viral é baixa, no intuito de evitar o aumento de casos no período das chuvas”, pontua o diretor.
Notificações
Até o momento, foram notificados 8.446 casos prováveis de dengue. A Região de Saúde Norte apresentou o maior percentual de casos prováveis (41,1%) em relação ao total de episódios do DF, seguida da Região Leste (14,7%).
As regiões administrativas que mais apresentaram registros da doença foram Planaltina (2.002 casos prováveis), Sobradinho (871), Ceilândia (807), Sobradinho II (571) e São Sebastião (491).
Mesmo com o cenário de queda de casos, é preciso manter as ações e o combate aos vetores. “Devemos lembrar que, no âmbito das arboviroses, todo dia é ‘dia D’”, reforça José Natal. O gestor recomenda à população que não se descuide e siga com os cuidados dentro e fora de casa, buscando evitar água parada e a proliferação do mosquito.
Óbitos
Em 2021, até a Semana Epidemiológica 22, foram registrados cinco óbitos, três em Ceilândia e dois em Planaltina. No mesmo período do ano passado, foram 35 óbitos.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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