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04/07/2021 às 18:10, atualizado em 05/07/2021 às 08:52
Unidades deixam cidade mais limpa e fornecem material para cooperativas, gerando trabalho e renda
A segunda etapa de instalação de novos papa-recicláveis no DF prossegue em ritmo acelerado. O Cruzeiro é a mais nova cidade a receber os equipamentos. Por lá, já são nove unidades. Descolados e bem práticos, eles são aliados da limpeza e do meio ambiente, tendo capacidade para receber 2,50 m³ de materiais recicláveis como papelão, papel, plástico, metal, garrafa pet, além de embalagem longa vida.
Onde descartar
No Cruzeiro Novo, ao lado da Feira Permanente; em frente e ao lado do Ginásio de Esportes, que fica na QD. 811; também em frente ao bloco B da quadra 709; e do bloco B da quadra 903; além da praça na frente da Paróquia Santa Teresinha, localizada na 801. No Cruzeiro Velho, os aparelhos ficam nos estacionamentos dos blocos A e D do Cruzeiro Center e no comércio da quadra 6. O total do investimento na cidade feito pelo SLU é de quase R$ 48 mil.
“Nossos equipamentos estão em pontos estratégicos da cidade, em locais que identificamos que eram ‘depósitos’ de lixo”, conta o administrador. “Criamos condições da comunidade fazer esse descarte corretamente e o que percebemos é que as pessoas gostaram e querem mais, o certo era ter um desses em cada esquina da cidade”, comenta.
Pelo DF
Desde setembro do ano passado, os papa-recicláveis estão sendo distribuídos pela capital. As primeiras caixas azuis foram instaladas no Plano Piloto, na Asa Sul e Asa Norte. O planejamento do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) é espalhar 244 dessas ferramentas por toda a capital, num investimento de R$ 1,2 milhão.
Até o momento já foram instalados 206 equipamentos em cidades como Park Way, Gama, Recanto das Emas, Jardim Botânico, Lago Sul, Scia, Vicente Pires, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Núcleo Bandeirante, Sudoeste/Octogonal, Planaltina, Sobradinho I, Sobradinho II e Fercal, Águas Claras e Santa Maria. As RAs que ainda não receberam foram Taguatinga, Ceilândia, Brazlândia e Samambaia, que, segundo a empresa, deve acontecer nos próximos meses.
Ferramenta social
Funcionária de um supermercado perto da feira permanente do Cruzeiro, Joyce Mayara, 31 anos, mora em Valparaíso, mas vem pelo menos seis vezes à cidade pioneira. Acredita que é uma forma de deixar a cidade mais limpa. “Nunca vi um desses onde moro, seria legal ter porque ajuda manter a cidade limpa, não jogando lixo em qualquer lugar”, defende.
A coleta
O lixo acumulado nos papa-recicláveis é recolhido pelo menos duas vezes por semana por empresas que prestam serviço de coleta ao SLU. Cada uma faz a ação em sua região de atuação, com a coleta sendo levada para os galpões de triagem. Ali, integrantes de dez cooperativas que trabalham com reciclagem no DF separam o material de interesse. Atualmente, o Serviço de Limpeza Urbana do DF tem contrato com 18 empresas de triagem. É uma parceria que, além de geração de renda, amplia a vida útil do aterro sanitário.
Para o diretor-presidente do SLU, Silvio de Morais Viera, o serviço de coleta seletiva de lixo reciclável implantado pela empresa acaba que surge como ferramenta social, incutindo nas pessoas o hábito de pensar coletivamente e se preocupar com o meio-ambiente. “O papa-reciclável é uma estratégia para ampliar a coleta seletiva. Quem realmente se preocupa com o meio ambiente e com os catadores e não tem a coleta na porta da sua casa, separa e descarta nos equipamentos”, observa. “Às vezes, o morador de um prédio, por exemplo, até separa, mas o condomínio não tem contêiner para a coleta seletiva, então o papa-reciclável é a alternativa correta”, salienta.
Adesão
“É uma iniciativa boa porque antes de ter esses equipamentos por aqui, o lixo era jogado de qualquer jeito, atraindo rato, pombo, além de feio, é bem nojento, agora melhorou”, Adaíton de Jesus Souza, 32 anos, entregador de gás
“Muito interessante essa iniciativa, agora as pessoas têm um lugar certo para jogar esse lixo que pode ser reaproveitado”, Julimar de Sá Abreu, 70 anos, aposentado
“Excelente, maravilhosa iniciativa, vamos torcer para ter mais em outros pontos da cidade porque é fundamental para a própria urbanização da cidade, dando oportunidade da pessoa fazer o descarte correto do lixo”, Nivaldo Gonçalves Lima, 48, militar
“É uma inciativa que até anima a gente fazer a seleção do que pode ser reciclável em casa, já sabendo onde descartar, criando um hábito natural. Ou seja, a pessoa vem ao supermercado e já traz o que pode ser descartado”, Fabíola Gonzaga, 46 anos, professora.
“É legal, importante dar utilidade para aquilo que a gente não quer mais”, Sara Cristina Gonçalves, 27 anos, engenheira florestal