19/07/2021 às 20:21, atualizado em 20/07/2021 às 08:46

Há 63 anos era feito o primeiro voo de helicóptero em Brasília

A bordo da aeronave, JK viu do alto a cidade em obras. Aniversário do evento traz à tona importância do veículo nos dias de hoje

Por AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ROSUALDO RODRIGUES

Há 63 anos, em 19 de julho de 1958, o presidente Juscelino Kubitschek sobrevoava o céu de Brasília pela primeira vez de helicóptero. O objetivo fundamental da viagem era inspecionar se a construção da nova capital federal estava tomando os rumos que ele e seus companheiros haviam planejado desde o início da elaboração da chamada meta-síntese dos compromissos eleitorais. Uma das obras fiscalizadas foi a do Palácio da Alvorada, que se tornaria a futura moradia de Kubitschek.

O superintendente do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), Adalberto Scigliano, aponta o helicóptero como a escolha ideal para a visita de Juscelino. “Na época, para o presidente conseguir acompanhar todas as construções tomando forma, ele precisava do helicóptero. Afinal, devido à mobilidade do veículo, você consegue percorrer os quatro vértices do DF em minutos. Isso facilitou a proposta de sua inspeção, uma vez que a cidade ainda estava se estruturando e possuía algumas dificuldades logísticas”, analisa.

Desde o voo protagonizado por JK e Israel Pinheiro, presidente da Novacap à época, as funções do veículo aéreo se desenvolveram gradativamente devido ao seu grau de versatilidade. Atualmente, o aparelho ultrapassou os limites do papel voltado para o transporte, passando a ser utilizado também em situações emergenciais, como em confrontos ou em resgates.

Dentro desse contexto, o tenente-coronel da Polícia Militar Lotus Vieira Lins, chefe e piloto da Unidade Especial de Transporte Aéreo da Casa Militar do Distrito Federal, exalta a importância do veículo no apoio às atividades dos órgãos de segurança pública do DF.

“Com o uso do helicóptero, é possível remover, no curto espaço de tempo, uma vítima do local de acidente para o hospital, ou, de forma eficaz, atuar no cerco de assaltantes homiziados em locais de difícil acesso. Hoje, pode-se afirmar que é uma ferramenta necessária ao desempenho das missões constitucionais de cada instituição de segurança pública do Distrito Federal”, avaliou.

*Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal