01/08/2021 às 08:20, atualizado em 01/08/2021 às 19:04

Obras e empregos após a recuperação de R$ 1,1 bi

Governo destravou recursos locais e federais quase perdidos para construção de creches, viadutos e unidades de saúde. Conheça os projetos

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília | Edição: Mônica Pedroso

Para tirar uma obra do papel, não basta ter só dinheiro. Também é necessário um projeto bem-estruturado. O Túnel de Taguatinga, o Complexo Viário Governador Roriz e o Hospital Oncológico Doutor Jofran Frejat, por exemplo, ficaram engavetados por anos, reféns de decisões judiciais.

De acordo com o diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur, para concluir o Complexo Viário Governador Roriz, foi preciso viabilizar os desembolsos do BNDES e do Banco do Brasil | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Arquivo-Agência Brasília

Uma das maiores obras viárias já feitas na história da capital foi inaugurada recentemente, ao custo de R$ 220 milhões: o Complexo Viário Governador Roriz, que compreende o Trevo de Triagem Norte (TTN) e a Ligação Torto-Colorado (LTC). Melhorar a mobilidade de 100 mil motoristas que trafegam pela Saída Norte diariamente não seria possível se o governo local não tivesse colocado a obra como uma das prioridades. Com o trabalho integrado do GDF, foi possível agilizar os serviços, que estavam em ritmo lento há anos.

“Precisava de gestão, de programação e resolução de questões ambientais”, avalia o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER), Fauzi Nacfur. “Conseguimos viabilizar o desembolso de recursos do BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social] e do Banco do Brasil de forma mais rápida para concluir os serviços. São 23 viadutos, quatro pontes, 28 quilômetros de asfalto e 14 de ciclovia, que juntos reduzem cerca de 55% de tempo nas viagens.”

A Praça dos Direitos do Itapoã também é outro exemplo. Os serviços começaram em 2013, mas foram interrompidos em 2015 por problemas nos contratos. O espaço de 7.511,86 mpossui uma quadra poliesportiva coberta, um campo de futebol, vestiários femininos e masculinos, sala multiuso, pista de caminhada e corrida, beneficiando 70 mil pessoas. “O projeto foi recuperado, com foco em acessibilidade. É um local que causa grande impacto de crianças a idosos”, ressalta Luciano Carvalho.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 100 milhões” texto=”É o valor investido na construção do Hospital Oncológico Doutor Jofran Frejatdireita

Saúde e educação

Ao mesmo tempo que o GDF destrava projetos, ele investe em saúde e educação. Após uma longa batalha judicial e negociação por parte do poder Executivo local, as obras de construção do Hospital Oncológico Doutor Jofran Frejat começaram em junho deste ano. A unidade é a primeira da especialidade no DF e vai transformar a capital em referência para todo o Centro-Oeste. O investimento é de cerca de R$ 100 milhões.

Na avaliação do secretário de Governo, José Humberto Pires, o investimento desse projeto foi um dos mais difíceis de se recuperar. “Os recursos estavam praticamente perdidos, mas graças ao trabalho integrado do governador Ibaneis Rocha com sua equipe, conseguimos destravar a obra junto ao governo federal e à Caixa Econômica Federal (CEF) e retornar o montante para os cofres públicos”, comemora.

A Escola Técnica de Brazlândia também foi construída com recursos recuperados e tem capacidade para 2 mil alunos | Foto: Joel Rodrigues/Arquivo-Agência Brasília

Para atender 630 crianças, o governo entregou também o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 da Vila Planalto. Foram mais de 30 anos de espera para que os alunos ganhassem um colégio totalmente reformado. Em Brazlândia, jovens e adultos receberam uma escola técnica este ano, também construída com recursos recuperados. A unidade tem capacidade para atender cerca de dois mil estudantes nos mais variados cursos. O GDF vai entregar ainda mais uma escola técnica em Santa Maria e duas escolas em Ceilândia e no Gama.

Segurança

Dentro da política de valorização das forças de segurança pública, o Distrito Federal vai ganhar um dos maiores institutos de medicina legal (IMLs) da América Latina, ao custo de cerca de R$ 34,8 milhões. A unidade atual, dentro do Parque da Cidade, foi construída em 1964 e está com a estrutura defasada para a demanda da capital.

O novo projeto, que será erguido dentro do Complexo da Polícia Civil (SPO SUL, Lote 23, Conjunto A), terá mais de 11,8 mil m2 de área construída e vai oferecer serviços essenciais, como cartório de registros públicos, assistência social e central de captação de órgãos. A nova estrutura é mais de três vezes maior que a atual.