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04/03/2016 às 13:09, atualizado em 01/12/2016 às 17:15
Governadores que formam o consórcio estão reunidos nesta sexta-feira (4) no 7º fórum do bloco, em Goiânia (GO)
Atualizado em 4 de março de 2016, às 14h09
Chefes do Executivo que formam o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central estão reunidos hoje em Goiânia (GO) para discutir as oportunidades de obter parcerias com instituições financeiras como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede do governo goiano, eles anunciaram que os estados do Amazonas e do Maranhão foram convidados a integrar o grupo.
Os governadores de Brasília, Rodrigo Rollemberg; de Mato Grosso, Pedro Taques; de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; do Tocantins, Marcelo Miranda; e de Rondônia, Confúcio Moura, foram recebidos pelo de Goiás, Marconi Perillo — presidente do consórcio e anfitrião do 7º Fórum de Governadores do Brasil Central. Desde quinta-feira (3), os líderes estão reunidos com secretários de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Assuntos Estratégicos para definir os novos passos do bloco criado em julho de 2015.
“A iniciativa vai nos ajudar a construir uma agenda positiva na área do desenvolvimento regional”, destacou Rodrigo Rollemberg. De acordo com ele, o grupo está focado em captar recursos para promover um círculo virtuoso de investimentos nas unidades federativas a partir de financiamentos e parcerias.
Outro tema da reunião de hoje é a integração entre as áreas de inteligência de segurança pública do DF e dos estados componentes do consórcio para compartilhar experiências e colaborar na criação de políticas públicas.
Os governantes foram apresentados a novas pautas, como a economia criativa baseada em produtos culturais e turísticos da Região Centro-Oeste. Também debateram assuntos recorrentes dos encontros anteriores, a exemplo de logística, taxas de juros, impostos e crescimento industrial e agrícola.
No início da tarde, os governadores de Brasília, de Goiás, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Rondônia e do Tocantins assinaram dois documentos a ser enviados à presidente Dilma Rousseff: um que pede a revisão dos juros relacionados aos fundos constitucionais — conteúdo da Carta de Goiânia, também assinada hoje — e outro sobre demandas de segurança pública, como a criação de um ministério específico para o setor e de um fundo nacional similar aos de saúde e de educação.
Amazonas e Maranhão
Os dois estados convidados a integrar o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central estão representados no encontro de hoje pelo governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, e pelo vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão.
O Amazonas demonstrou interesse em participar do grupo, e o Maranhão já aceitou o convite. A deliberação para a entrada oficial do estado ocorrerá durante o 8º fórum do bloco, marcado para 1º de abril em Cuiabá (MT). “Vemos aqui a região que alavanca o Brasil no setor primário. Nada mais justo do que estarmos nesse processo”, afirmou o vice maranhense.
Marconi Perillo reforçou a importância de pensar a região como um todo, principalmente em logística e infraestrutura. “Somos áreas de grande preservação ambiental, produção e geração de empregos”, salientou.
Também participam da reunião desta sexta-feira a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF, Leany Lemos, o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal, Jamal Jorge Bittar, o presidente do Banco de Brasília, Vasco Cunha Gonçalves, o vice-governador goiano, José Eliton de Figuerêdo Júnior, secretários de Estado das unidades da Federação do consórcio e representantes de instituições agrícolas, financeiras e industriais.
Parceria
Presente no encontro, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ressaltou a importância da região, que, de acordo com ele, tem grande potencial para contribuir com a ampliação da presença do Brasil no mercado mundial. “Firmo o compromisso público em apoiar essa iniciativa. São estados altamente relevantes para a economia brasileira e que estão integrados em busca do melhor desempenho socioeconômico”, declarou.
De acordo com Rodrigo Rollemberg, um dos pontos mais importantes da reunião foi o debate sobre a criação de um fundo de projetos conjuntos que serão feitos por meio de parcerias público-privadas. “O consórcio é um ótimo instrumento para isso. A vocação da Brasília para a economia criativa e o desenvolvimento sustentável é clara”, avaliou.
Após a série de reuniões, os governadores vão para Brasília, nesta tarde (4), encontrar-se com a presidente Dilma Rousseff para debater uma proposta de alongamento das dívidas das unidades da Federação.
Consórcio
O movimento Brasil Central nasceu em 3 de julho de 2015 com o objetivo de fomentar o crescimento individual e regional a partir da cooperação entre os chefes das administrações públicas. A criação ocorreu durante o Fórum de Governadores do Centro-Oeste, em Goiânia (GO), e o DF passou a integrar o grupo oficialmente em 4 de outubro, com a aprovação de projeto de lei na Câmara Legislativa.
Em 10 de novembro, em cerimônia no Memorial JK, os chefes do Executivo assinaram termo de compromisso para oficializar o consórcio, que tem como principal ferramenta o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste. Ficou acordado que cada unidade da Federação contribuirá, anualmente, com R$ 1,9 milhão para financiar as atividades.
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