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12/08/2021 às 08:46, atualizado em 13/08/2021 às 14:53
Representantes de entidades do segmento apresentaram projetos e ações prioritários ao governo
O setor de Tecnologia da Informação (TI) do Distrito Federal, representado pelos presidentes de sete entidades que lideram o segmento em Brasília, teve reunião de trabalho com o governador Ibaneis Rocha nesta quarta-feira (11). Este grupo organizado se denomina GforTI e trabalha no desenvolvimento de um projeto que pretende mudar os rumos da economia brasiliense.
Na oportunidade, foi apresentado o documento denominado Manifesto Conjunto do Setor de TI do Distrito Federal, que contém, entre outros pontos, 10 projetos ou ações prioritárias para o segmento.
O presidente do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor), Ricardo Caldas, declarou que os empresários reconheceram ações do governador Ibaneis em relação ao setor. Destacou como estratégica a unificação da alíquota do ISS em 2%, em janeiro de 2020, em nível já praticado em outros estados, devolvendo condições de competitividade ao DF.
O setor de TI também reconhece mérito na decisão do GDF de recriar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, reivindicação apresentada em dezembro de 2018, no Governo de Transição, do qual os sete presentes à audiência de ontem participaram.
Foi lembrado que, como resultado desse trabalho na transição, o empresário Gilvam Máximo acabou nomeado secretário, hoje integrado às prioridades do setor e fator de ligação com o GDF. Gilvam levou os empresários à audiência no Palácio do Buriti.
Outro fator de agradecimento ao governador é a mudança do Conselho da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), aumentando a participação do setor empresarial no colegiado.
O presidente do Sindesei, Christian Tadeu, apresentou números expressivos do setor de TI no DF, que impressionaram o secretário de Economia, André Clemente. São 5.220 CNPJs ativos e 1.178 empresas plenamente ativadas. Os empregos formais hoje ultrapassam a faixa de 28 mil, com mais de cinco mil técnicos que trabalham para as empresas de TI como pessoa jurídica.
Interessante ver que, no setor de TI, a mão de obra feminina já atinge 35% dos contratados e os negros e pardos são 44%. O que mais impressiona é o rendimento salarial médio nas equipes de trabalho, perto dos R$ 5 mil, o que demonstra a força do segmento.
O setor tem 136 técnicos com grau de doutorado, 203 com mestrado e 15.800 de nível superior. A arrecadação tributária das empresas de TI do Distrito Federal em 2021 deve ultrapassar a faixa de R$ 375 milhões, o que representa a segunda maior recebimento do GDF no setor de serviços, logo abaixo do setor financeiro.
Coube a Djalma Petit, do Tecsoft, expor a Ibaneis a necessidade de produzir um projeto de desenvolvimento empresarial, de fato, usando o poderio da FAP-DF no apoio ao setor, que tem perspectiva de expandir negócios no Governo Federal e nos diversos estados brasileiros, também na presença do presidente dessa fundação, Marco Antônio Costa Júnior.
Nesse sentido, foi dito que a instalação efetiva do Parque Tecnológico Biotic é grande anseio de todas as lideranças de TI, que acompanham de perto o planejamento que vem sendo feito nesse sentido.
No documento entregue ao governador, e que já havia sido levado antes ao Secretário Gilvam Máximo, entre outros pontos, defende-se a revisão da Lei 6.140 (Lei de Inovação do DF) e a aplicação do Projeto Plataforma da Inovação em TI do DF, assim como o Projeto Candango de Inovação.
O setor quer integração com o GDF no desenvolvimento do banco de talentos e na aprovação do projeto de Política Distrital de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF.
Outro ponto abordado foi a defesa de projeto de lei complementar assegurando repasse de recursos à FAP-DF em nível proporcional aos desafios do setor. Os empresários fizeram pedido para que o governador Ibaneis considere e priorize a tecnologia da informação como um dos setores portadores de futuro para o DF.
Ibaneis recebeu os seguintes presidentes: Ricardo de Figueiredo Caldas, do Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor-DF); Christian Tadeu, do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei); Gilberto Lima, do Instituto Illuminante; Djalma Petit, do Tecsoft; Rodrigo Fragola, da Assespro-DF; Hugo Giallanza, da Asteps do Brasil; e Paulo Foina, da Abpti.