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22/08/2021 às 10:13, atualizado em 22/08/2021 às 13:18
Ação do CAT registra aumento no cadastro de artistas manuais, renovação e entrega carteiras profissionais
“Eu não imaginava que atrás de um monumento como esta torre maravilhosa houvesse uma feira com tantas opções de artesanato”, surpreendeu-se a baiana Maria Lúcia Amado, comerciante em Itabuna. Ela visita Brasília pela primeira vez e ficou encantada com o atendimento ao turista na Feira da Torre. A empresária estava procurando um local para comprar recordações. “Lembrancinhas para levar para minha filha e me deparei com um carro cheio de pessoas dando informações”, disse Maria Lúcia sobre a unidade móvel do CAT que estava com uma ação no local.
Viajando com artesanato
Alan dos Santos já expôs seus trabalhos feitos a partir de cipós do Cerrado em praticamente toda a Região Nordeste do país. “Aprendi com meu pai e hoje o ajudo aqui na Feira da Torre e no nosso atelier. Recife é um dos melhores lugares para vender. Esse trabalho de cipó do Cerrado estamos desenvolvendo há 15 anos e agrada muito os nordestinos e também os estrangeiros que passam por aqui”, explica Alan. Ele e o pai são cadastrados na Setur e possuem a Carteira Nacional de Artesão. “E com esse documento nós conseguimos viajar e mostrar nosso artesanato no Brasil inteiro”, afirma o expositor.
“A presença da Setur aqui na feira, além de credenciar e qualificar o artesão, é um ponto de referência para o turista e garantia de que nosso trabalho é assistido. Não estamos sozinhos”Elvis Bitencourt, artesãodireita
Elvis Bitencourt, artesão há quase 20 anos e que desde criança convive com a arte manual por causa dos pais, aproveitou o CAT para fazer seu cadastramento. Ele tem formação em artes, mas sempre trabalha com artesanato. “Estou me cadastrando para ajudar a família”, informou o especialista em pintura, cerâmica e argila. “Meu objetivo é participar de eventos, feiras aqui em Brasília, e fora também. Essa carteira vai me possibilitar isso”, constatou.
“A presença da Setur aqui na feira, além de credenciar e qualificar o artesão, é um ponto de referência para o turista e garantia de que nosso trabalho é assistido. Não estamos sozinhos”, afirmou Elvis.
Visitantes
A professora Lourdes Ramalho, de Taguatinga, que vista a Feira da Torre “de vez em quando”, disse que sempre busca uma peça diferente para decorar sua casa. “Alguma coisa de artesanato é muito bom, faz vista. Sempre que preciso venho aqui, compro bijuterias, adoro”. Para ela, a Torre de TV é um marco turístico de Brasília e o fato de a Feira de Artesanato estar ao lado deste monumento facilita muito a vida dos visitantes. “Aqui é bem confortável pra gente andar, com o calçamento, as barraquinhas organizadas”, elogiou a professora.
O auxiliar administrativo Sandro Vieira veio de Valparaíso de Goiás para comprar material para fazer um grande coração decorado. “Eu sempre venho aqui, porque a gente sabe que é um ponto onde podemos achar os produtos de qualidade, um artesanato”, disse o visitante que costuma frequentar a Feira da Torre ao menos quatro vezes por ano.
Espaço revitalizado
“Nosso espaço está muito bom. Agrada o turista, facilita acesso do público aos artesãos para o atendimento. Estamos retomando o fluxo ainda, mas a recuperação pós-pandemia já está acontecendo”, observa o presidente da Feira da Torre, Jocélio Aleixo da Silva, artesão há 30 anos, mesmo tempo em que mantém sua barraca.
Segundo Jocélio, a orientação da Setur está sendo fundamental para reposicionar o artesanato de Brasília. “E agora, na retomada pós-pandemia, a ajuda da secretária Vanessa será muito importante. Ela está fazendo de tudo para a gente avançar”, afirmou o presidente. De acordo com Jocélio, o fluxo de turistas, principalmente de fora da cidade, também está aumentando. “Depois da vacina as pessoas estão tendo mais confiança de vir aqui na feira. Isso vai ajudar na nossa retomada”, ressaltou o dirigente.