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26/08/2021 às 14:45, atualizado em 27/08/2021 às 13:33
Parceria entre o GDF e uma instituição católica oferece cinco atividades artísticas e esportivas para adolescentes da cidade
“É um projeto inovador e que vem para proporcionar mais qualidade de vida à população. Nosso foco são os jovens da região. Essas oficinas foram preparadas como forma de dar oportunidade de nos aproximarmos da realidade deste público”Delegado Júlio Danilo, secretário de Segurança Públicadireita
Uma parceria entre servidores da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) com a Paróquia Nossa Senhora do Encontro com Deus, localizada na Estrutural, tem alimentado sonhos artísticos de crianças e adolescentes da região por meio de oficinas de cinema, fotografia, desenho, ilustração e xadrez. O objetivo é, além de promover momentos de lazer e descontração entre os jovens, aproximar a sociedade das forças de segurança do Distrito Federal. A iniciativa faz parte do projeto Área de Segurança Prioritária (ASP), que integra o programa DF Mais Seguro, do Governo do Distrito Federal (GDF).
“É um projeto inovador e que vem para proporcionar mais qualidade de vida à população. Nosso foco são os jovens da região. Essas oficinas foram preparadas como forma de dar oportunidade de nos aproximarmos da realidade deste público”, ressalta o secretário de Segurança Pública do DF, delegado Júlio Danilo. “Essa aproximação pode fazer com que os jovens cresçam respeitando as forças de segurança e tenham uma relação de confiança. É uma ação preventiva, desviando-os do caminho da criminalidade, do mal”, reforça Sávio Ferreira, titular da Subsecretária de Prevenção à Criminalidade (Suprec).
As cinco oficinas ofertadas para jovens entre 10 e 21 anos são ministradas por servidores da própria Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade. Ao todo, serão realizadas dez aulas em cada uma das oficinas. Cursos como o de cinema, por exemplo, oferecem certificado de participação. No final de cada módulo, serão apresentados os resultados do encontro, com a realização de exposições fotográficas e das ilustrações, além de exibição de curtas-metragens realizados pela garotada.
A procura pelo serviço foi grande. Tanto que as 80 vagas disponíveis para os cursos foram preenchidas num piscar de olhos. Diante da demanda, a secretaria estuda a possibilidade de criação de novas turmas a partir de setembro. “A iniciativa teve rápida aceitação por parte da comunidade, as vagas foram preenchidas logo”, festeja o subsecretário da Suprec, Sávio Ferreira, ao informar que o GDF já estuda a oferta de novas oportunidades.
Segurança humanizada
“E a nossa ideia com essas oficinas é fazer com que eles vejam a polícia com outros olhos, pelo lado da prevenção, pelo lado humano, mostrar que o trabalho preventivo diminui as ações policiais nas ruas”Sargento Genivaldo Sampaio, envolvido com trabalhos sociais na SSPdireita
Na semana passada, uma dúzia de inscritos na ação já estavam dando os primeiros movimentos num tabuleiro de xadrez. Apesar de milenar, o jogo era novidade para a maioria da garotada. A empolgação e entusiasmo corriam soltos no quarto andar de um amplo salão da paróquia, localizada próximo à administração da cidade.
Envolvido há dez anos com trabalhos sociais dentro da Secretaria de Segurança Pública, o sargento Genivaldo Sampaio se emociona ao falar de cada projeto que envolve crianças e adolescentes. “Quando a gente chega numa comunidade como a Estrutural, infelizmente, eles associam a segurança pública a repreensão”, lamenta o militar, um dos instrutores de xadrez. “E a nossa ideia com essas oficinas é fazer com que eles vejam a polícia com outros olhos, pelo lado da prevenção, pelo lado humano, mostrar que o trabalho preventivo diminui as ações policiais nas ruas”, observa o sargento, sem esconder a emoção.
Mãe da pequena Rafaela, de 9 anos, Érica Simões, 33 anos, ficou animada com a notícia das oficinas. Para ela é uma ótima oportunidade de a filha sair um pouco de casa, respirar novos ares. Vale lembrar que os encontros acontecem em locais arejados e respeitando todos os protocolos de segurança no combate à covid-19. “Acho muito bom esses encontros porque ocupam bastante o tempo deles com atividades em que aprendem coisas novas”, avalia. “Os professores são bons, gosto de aprender coisas novas”, confirma a menina.
Para o pároco porto-riquenho Miguel Ângelo Diaz, responsável pela Paróquia Nossa Senhora do Encontro com Deus, a integração social entre o GDF e a entidade é bastante proveitosa para a comunidade carente da Estrutural. “Estamos entregando, junto com valores e disciplina, um melhor futuro e segurança para essas crianças e famílias da Estrutural”, destaca. “É uma demonstração de que o governo e as instâncias públicas não se esqueceram dessa cidade, que estão preocupados com a vulnerabilidade das pessoas que vivem aqui, ficamos muito agradecidos”, diz.