21/06/2012 às 21:32, atualizado em 17/05/2016 às 14:26

Entrevista: Vinícius Benevides

Diretor-presidente da Adasa detalha programas desenvolvidos pela agência que foram expostos na Rio+20

Por Carlos Rezende, enviado da Agência Brasília à Rio+20


Vinícius Benevides ao lado do secretário Luis Otávio Neves (Turismo) e do deputado federal Geraldo Magela
Vinícius Benevides ao lado do secretário Luis Otávio Neves (Turismo) e do deputado federal Geraldo Magela. Foto: Lula Lopes

 Criada em 2004, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) acompanha, regula e fiscaliza o ciclo completo do uso da água, com especial atenção na sua retirada e na sua devolução. Além disso, o órgão é responsável pela energia, saneamento básico, distribuição de gás canalizado, petróleo e seus derivados (biocombustíveis, álcool combustível, gás veicular e lubrificante). Cabe à Adasa a responsabilidade de definir regras e condições para os serviços, inclusive tarifas, bem como fiscalizar qualidade e desempenho do prestador dos serviços. À frente do órgão com tamanha importância para o meio ambiente do DF, está Vinícius Benevides. O diretor-presidente da autarquia concedeu entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, no estande do Distrito Federal na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Qual é o interesse da Rio+20 para a Adasa?

Nós temos na Rio+20 a oportunidade de apresentar nossos programas e projetos com uma série de vídeos que tratam do uso sustentável de  recursos e a importância deles para o DF.

E quais são os projetos que o órgão trouxe com relação à água?

Vamos inaugurar até o final do ano, embora boa parte dele esteja em funcionamento, o Centro de Operação da Água (COA). Ele permitirá, por meio da utilização das ferramentas geo-referenciamento e softwares, o monitoramento da prestação de serviços de abastecimento de água e esgoto, conhecer as condições da rede de drenagem pluvial, a geração, o lançamento e o aproveitamento de resíduos, além do mapeamento da rede de canalização e distribuição de gás no DF e o controle da disponibilidade hídrica das bacias hidrográficas a partir de 44 estações. Com isso, a Adasa vai passar a controlar toda a água superficial e subterrânea do DF, que se tornará a primeira unidade da Federação a ter esse controle.

E quais são as perspectivas de futuro para a água no DF?

Nós temos informações muito mais seguras para verificar a quantidade de água que podemos oferecer sem correr o risco de faltar. Com a finalização do Plano Integrado de Recursos Hídricos, na semana passada, vamos fornecer apenas o que é possível. Nós temos também o programa Produtor de Águas em que a Adasa foi escolhida pela Agência Nacional de Águas (ANA) para receber, inicialmente, R$ 40 milhões, que serão destinados a proteger nascentes de rios. O programa tem prazo previsto de 10 anos e já colocamos o edital na rua. Pelo programa, aquele produtor agrícola que fez investimento para proteger nascentes vai ser reembolsado. Outro grande programa é o Descoberto Coberto. Vamos promover o desenvolvimento de matas ciliares junto com os agricultores locais para proteger o nosso manancial.

Então o futuro sustentável do DF está garantido?

Acredito que esteja garantido, mas não podemos descuidar. Por isso, contamos com programas de educação ambiental. Nós passamos por  mais de 60 escolas públicas e particulares, por ano, com a Adasa Móvel. O objetivo é educar crianças sobre a preservação do meio ambiente. Inclusive, promovemos concursos nas escolas públicas do DF para premiar o aluno que fizer a melhor redação e o melhor desenho sobre o uso racional da água. O prêmio já está em sua segunda edição. Os primeiros classificados ganham computadores e smartfones. Temos um convênio assinado com a Secretaria de Educação para viabilizar esse programa.