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14/09/2021 às 19:47
Servidores das unidades socioassistenciais do GDF conhecem rotinas de trabalho e orientações a serem aplicadas em demandas dessa comunidade
Atendimento qualificado ao público LGBTQIA+. Com essa missão, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) promoveu uma série de encontros, oficinas e bate-papos com os servidores da pasta, nesta semana. Cerca de 80 servidores das unidades de proteção social básica da Sedes participaram do evento e vão ser multiplicadores das informações em suas unidades.
“Trata-se de ter uma escuta qualificada. Antes de fazer algum encaminhamento, ouvir e compreender o problema do cidadão”Felipe Areda, diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedesdireita
“O objetivo não é oferecer um trabalho diferenciado, mas mais adequado e direcionado à comunidade, observando suas especificidades e particularidades”, destaca o facilitador do evento, o diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes, Felipe Areda.
Ao longo de dois dias, foram abordadas estratégias de atendimento e formas de perceber a situação do usuário. “Trata-se de ter uma escuta qualificada. Antes de fazer algum encaminhamento, ouvir e compreender o problema do cidadão”, complementa Areda.
Em caso de violações graves de direitos, em relação a qualquer cidadão, o caminho mais correto é, certamente, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas). Mas, muitas vezes, a questão é mais simples, como a solicitação de um benefício, o preenchimento do Cadastro Único ou a participação em Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Nesses casos, as unidades são os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) ou os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cencons).
“Esse é um momento de fala do atendido. Se a gente não o deixa, suficientemente, à vontade para expor sua realidade, pode ser que muitas verdades sejam suprimidas e a gente deixe de perceber a real necessidade daquele cidadão “, destaca o educador social e chefe do Cecom Sobradinho, Emilson Muzolon.
Para a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, o grande ganho dessas capacitações é a ampliação nas discussões e padronização no trabalho. “Temos servidores antigos e recém-nomeados. Promover encontros e troca de experiências entre eles, os profissionais da rede de proteção social, é um ganho para todos, principalmente para a pessoa atendida”, destaca a gestora.
Atendimento especializado
O Distrito Federal conta com uma rede de proteção especializada no atendimento da comunidade LGBT+. O Creas da Diversidade, que fica na 614 Sul, tem 11 anos de funcionamento, com educadores, psicólogos e assistentes sociais.
No local, é oferecido o serviço de escuta qualificada, com identificação de demandas e solicitação de benefícios, provimentos de segurança alimentar, inserção em políticas de transferência de renda e encaminhamentos para demais políticas públicas.
O acompanhamento é feito em rede com demais equipamentos de promoção dos direitos da comunidade, como o Ambulatório Trans, o Adolescentro, a Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin) e a Defensoria Pública.
Vinculada ao Creas da Diversidade há uma equipe referenciada do serviço especializado em abordagem social que, composta por pessoas LGBT+, é responsável pelo trabalho de busca ativa da população em situação de rua.
*Com informações da Sedes-DF